Vinte e oito anos de elevação de Paços de Ferreira a cidade | Junta de Freguesia comemora com livro de José Santos

A Junta de Freguesia de Paços de Ferreira apresentou no passado dia 8 de outubro o livro “Paços de Ferreira 28 anos de cidade ontem e hoje”, da autoria do jornalista pacense José Santos, para comemorar os 28 anos da elevação de Paços de Ferreira a cidade.

A vila de Paços de Ferreira assumiu a categoria de cidade no dia 20 de maio de 1993, tendo então, já em maio do presente ano, decorrido 28 anos sobre esse acto, mas as contingências sanitárias em que o país vive impediram que essa data fosse comemorada com a pompa e circunstância devidas.

Objectivos do livro

O livro tem por objetivo “recordar o trabalho e o esforço que nos trouxe aqui”, como salienta Alexandre Costa, presidente da Junta de Freguesia, que acrescenta que “este livro tem muitas vidas nas suas páginas que merecem ser recordadas”, pois “o desenvolvimento de uma cidade é sustentado em muitos aspetos e conta com a participação de um enorme leque de intervenientes”.

Por seu turno, o jornalista José Santos salienta que “este livro pretende transmitir uma visão cronológica da evolução dos 28 anos da cidade, passando naturalmente, pelas origens de Paços de Ferreira”.

A história e a demografia

Por isso, o primeiro capítulo do livro – ele tem oito – trata da evolução da freguesia, cujo nome atual – refere o autor - é recente, uma vez que, em 1742, Paços de Ferreira ainda era referida como Santa Eulália de Paços; da criação do concelho; da elevação a cidade; da organização do território e, finalmente da presença da Força Aérea, cujas instalações, em grande parte, acabaram por ser vendidas em 1999 à Câmara Municipal.

O segundo capítulo é dedicado à demografia da cidade, e ficamos a saber que entre os primeiros dados censitários de 1864 e os de 2011, se regista na freguesia um aumento de 1140%, passando de 657 para 7491, e que pela agregação de Modelos em 2013, passou a ter 9085 habitantes, apresentando-se, assim, como a maior freguesia do concelho.

Parque Urbano

O capítulo terceiro é dedicado ao Parque Urbano, com referência ao Grémio da Lavoura como símbolo do Estado Novo; as suas potencialidades; a história da sua criação e valências actuais.

No capítulo seguinte o autor espraia-se por “uma cidade renovada”; pelas influências do Parque Urbano nesta renovação; pela descrição doss seus equipamentos; pelo relevo do comércio e qualidade da oferta gastronómica.

Associativismo

José Santos considera Paços de Ferreira uma cidade eclética, associativamente dinâmica, e contabiliza 21 associações desde a protetora dos animais até às desportivas, passando pelas artísticas.

Pela sua projeção a nível nacional e internacional merecem no livro um maior desenvolvimento as associações desportivas, como o F.C. Paços de Ferreira, Juventude Pacense, Clube Aquático Pacense e Moto Clube de Paços de Ferreira e a cultural Banda Musical de Paços de Ferreira.

No capítulo sexto, dois autores lançam o seu olhar sobre a cidade e nos restantes ficam registados os nomes de todos os presidentes da Junta de Freguesia, o período dos respectivos mandatos e a constituição do executivo e da assembleia de freguesia cessante.    

Alexandre Costa

O objetivo do lançamento deste livro foi a preocupação e também a responsabilidade que a Junta de Freguesia sentiu relativamente à  preservação da sua história e, acima de tudo -  uma vez que estávamos a comemorar os 28 anos da cidade e este livro foi dedicado à cidade - à apresenta da evolução da cidade ao longo destas quase três décadas: as mudanças que foi sofrendo, as novas valências, o crescimento económico, o crescimento de população.

No fundo levar para um livro aquilo que é a cidade de Paços de Ferreira de hoje, mas também o que era antes de ser cidade.

À parte isto, juntámos também -  porque é um fator de coesão e de crescimento da própria cidade - o movimento associativo que temos na nossa freguesia. Quisemos at,ravés deste livro, também dar a conhecer as nossas associações e aquilo que elas fazem para o desenvolvimento da nossa freguesia e da nossa cidade.

José Santos

A motivação foi a maior das facilidades que tive ao escrever este livro.

Paços de Ferreira é a minha terra, foi aqui onde nasci e isto por si foi um motivo muito importante para aceitar este desafio lançado pela Junta de Freguesia, pelo que todo o processo correu de forma natural.

A maior dificuldade foi encontrar as fontes necessárias, nomeadamente, literatura sobre Paços de Ferreira.

Existe pouca informação e isso implicou que eu tivesse de fazer outro tipo de pesquisa para encontrar a informação necessária à elaboração deste livro.