29/04/2022, 0:00 h
332
A Itália não falhava um Campeonato do Mundo desde 1958, até que a Suécia deixou os italianos de fora do Mundial da Rússia, em 2018, depois da disputa de um playoff.
Giampiero Ventura saiu do comando e chegou Roberto Mancini. O novo treinador começou por fazer aquilo que se pede após um grande desaire: uma renovação.
A Itália despediu-se de jogadores como Buffon, Pirlo e De Rossi e deu início a uma nova caminhada.
O Euro2020 foi a primeira grande competição da Itália de Mancini e os italianos acabaram campeões europeus. Não precisavam do título para surgirem numa segunda linha de favoritos para o mundial deste ano (atrás França e Brasil), mas o rótulo de campeões europeus, conquistado com um futebol atrativo, elevava as expectativas à sua volta.
Contudo, o playoff voltou a tombar a Itália. Num jogo teoricamente fácil, frente à Macedónia, os italianos tiveram 32 tentativas de golo e não marcaram. Os macedónios tiveram quatro e fizeram um golo.
Um novo balde de água fria.
Mas a federação italiana não demorou muito para anunciar a continuidade do treinador. E bem. Porque Mancini, há 9 meses atrás, tocava no céu. Agora, não pode ser deitado fora por falhar o mundial.
É um atraso para a atual geração italiana e uma surpresa para quem acompanha futebol, mas não deixa de ser futebol. Jorginho, um dos melhores do europeu (chegou-se a falar em Bola de Ouro), falhou dois penaltis na fase de grupos que, em caso de sucesso, apurariam os italianos sem ser necessário playoff.
Mas se entrarmos no campo do “se” abrimos demasiadas hipóteses. A federação italiana mostrou saber gerir os momentos. Mancini não tinha que cair. Há nove meses não era o melhor, como hoje não é o pior nem o maior culpado pela eliminação. Numa altura em que os treinadores são trocados como pastilha elástica, os italianos mostram que, em Mancini, pode estar a solução para o futuro.
Pedro Queirós
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025