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Gazeta Paços de Ferreira

20/09/2022, 0:00 h

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PLANETA TERRA | Sete (7) Condições INTERCOMUNICANTES para a sobrevivência (habitabilidade) da humanidade (13)                                   10)  De Ética à Solidariedade – De Egoísmo à Partilha

Opinião

Qual o interesse de uma Nação em alterar o sistema político económico vigente noutra? Em nome de que princípio ético se pode legitimar essa intervenção, que afinal acaba por desestabilizar o mínimo de equilíbrio aí existente, quando inexiste qualquer medida de aferição para assegurar a supremacia de um sistema sobre o outro?

                                                            

OS QUATRO MARCADORES QUE PODEM DEFINIR A DIFERENÇA e ATIVAR AS SETE CONDIÇÔES

(PARTILHA)- Partilhar e não sancionar- terá que ser o lema dos habitantes da Terra, repartidos por Nações. Como já se referiu, o mundo apresenta-nos dois macro sistemas económicos – o capitalismo e o socialismo, com as respetivas nuances, que os países, através de instituições políticas, adotam, por motivações mais diversas, em conformidade com as demandas dos povos e comunidades que os compõem.

O facto de as traves-mestras destes dois sistemas serem distintas, não avalisa tentativa de um para eliminar ou dominar o outro. Qual o interesse de uma Nação em alterar o sistema político económico vigente noutra? Em nome de que princípio ético se pode legitimar essa intervenção, que afinal acaba por desestabilizar o mínimo de equilíbrio aí existente, quando inexiste qualquer medida de aferição para assegurar a supremacia de um sistema sobre o outro?

A partilha não é imposição. Partilhar implica a colaboração de quem dá e a aceitação por parte de quem é recebe. Esta eventual interação, não invalida a absorção, por qualquer das partes, dos atributos ou valores tidos por válidos do sistema adverso. O que não deve haver é campo para motivações inventadas, já que a razão da partilha assenta precisamente nos bens materiais e imateriais que constituem o acervo do seu agente ativo e na carência desses mesmos bens por parte do agente passivo. Neste entendimento é pura fantasia acreditar que um país possa partilhar ou contribuir para a defesa de direitos humanos quando ele próprio, a todas luzes os desrespeita no seu próprio seio ou que possa contribuir para paz fomentando a guerra ou sustentar um permanente estado de tensão.

 

Conclusão:

Convido o leitor para verificar a eventual compatibilidade entre o acima ficou dito e a realidade circundante.

Estamos em 2022. Até ao presente, inúmeros tem sido os “summits”, conferências, encontros, acordos, seminários e outras realizações tendentes a viabilizar soluções para tornar o Planeta Terra mais condignamente habitável no presente e para o futuro. Livros, artigos científicos, de opinião e teses recheiam as bibliotecas e os escaparates jornalísticos e livrarias. Recomendações de instâncias internacionais, programas de organismos especializados e promessas de dirigentes políticos preenchem o quadro dos anseios dos habitantes do mundo. Algo foi feito sem dúvida, mas a mera observação da realidade quotidiana que se vive, já não nos segreda, mas dita-nos, alto e bom som, que quase tudo está por fazer.

É incómodo aceitar o que acima se disse, particularmente por parte dos Países e dos dirigentes governamentais, enquanto responsáveis pelas políticas seguidas, resultado das quais são mais que evidentes e estão à vista.

E o mais grave é que não há que falar de um plano B.

Por uma real humanização do decisor político, assente no condicionalismo compósito acima referido, sustentado pelas coordenadas acabadas de referir, é o caminho a seguir.  

Vale a pena tentar.

Lisboa – 30/01/2022

                                                                      António Bernardo Colaço

                                       (Juiz – Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça - Jubilado – Portugal

 

 

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