Por
Gazeta Paços de Ferreira

08/07/2021, 20:55 h

184

O problema da água e saneamento no concelho

Partido Social Democrata


Todos conhecemos a expressão “toalha mais pequena que a mesa, por muito que tentemos, há uma parte que fica sempre descoberta”. Esta expressão aplica-se à questão do fornecimento de água e saneamento no concelho de Paços de Ferreira e ao litígio entre a AGS e a Câmara Municipal. Ou, melhor dizendo, com o atual Presidente da Câmara, pois foi através dele que o mesmo acedeu ao poder.

Este litígio é, na minha opinião, um logro, um engano que estão a “vender” à população e que é preciso esclarecer.

Paços de Ferreira e os outros municípios do Vale do Sousa durante anos não investiram um cêntimo em saneamento e fornecimento de água à população.

Havia necessidade, por imposições ambientais e de saúde pública, de ter uma rede de fornecimento de água e de saneamento. Para isso a Câmara Municipal tinha duas soluções:

a)   Investir uma dezena de anos do seu orçamento na construção de uma rede de fornecimento de água e saneamento e durante esse período não investir em mais nada no concelho. Esta solução tinha a vantagem da rede de água e saneamento ser totalmente gerida pela autarquia e a desvantagem que o concelho ficaria sem investimento em outros sectores durante uma década.

Ou,

b)   Contratar através de concurso público uma empresa privada que fizesse o investimento em substituição da Câmara recebendo, como qualquer empresa, o capital investido e lucro. Esta alternativa tem a vantagem de evitar que durante uma década a autarquia fique estagnada e a desvantagem de a Câmara (ou seja, todos nós) tenhamos de pagar o investimento da empresa e o respetivo lucro.

A empresa, como qualquer privado, fez as contas do investimento total da concessão e do lucro e concorreu e contratualizou com a Câmara (todos nós) um determinado valor que teria de receber.

Esse valor, no entender do executivo PSD, teria de ser pago pelos consumidores, quem mais consumisse mais pagava e o preço da água era elevado o que, na minha opinião, até pode ser justo.

No atual executivo de Humberto Brito, para baixar o preço da água aos consumidores (beneficiando quem mais consome), quem vai pagar a diferença é a Câmara Municipal (mais uma vez, todos nós).

Ou seja, há um valor a pagar contratualizado com a AGS e que esta tem direito a receber, esse valor vai ser pago pelos habitantes do concelho e quanto a isto não há por onde fugir. Para a AGS é indiferente se esse valor é pago pela fatura mensal dos consumidores ou pela Câmara (que, inevitavelmente, o pagará à custa dos munícipes/contribuintes). Em tese, Humberto Brito até pode colocar a água gratuita, mas todos nós (através da Câmara Municipal) vamos ter de pagar à AGS o valor contratualizado. A diferença é o lado para o qual queremos esticar a tolha e que parte da mesa pretendemos deixar descoberta.

Tudo o resto que vos digam, na minha opinião, é um embuste e um engano.

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