O Estado Social Não é um Privilégio — É um Direito!!

A inflação, a precariedade do trabalho, as crises energéticas e habitacionais, os diversos conflitos internacionais, nomeadamente as guerras que nos assolam e os efeitos ainda visíveis do COVID 19, colocam milhões de cidadãos, pelo mundo, em situação de risco e de incerteza social.

Se olharmos para a sociedade no geral, percebemos que está altamente polarizada, com tensões raciais, culturais e económicas acentuadas. A desinformação, os ataques ao sistema social e a recandidatura de figuras controversas da política agravaram a instabilidade da Europa e consequentemente de Portugal.

É nestes momentos que o Estado deve intervir não apenas como regulador, mas como protetor ativo dos mais vulneráveis, das suas comunidades. Através do acesso gratuito ou tendencialmente gratuito à saúde, educação, habitação e segurança social, garante-se que nenhum cidadão é deixado para trás por circunstâncias que fogem ao seu controlo.

Mais do que uma questão de solidariedade, o investimento num Estado Social robusto é uma escolha racional de estabilidade e progresso coletivo. Sociedades com redes de apoio fortes recuperam mais depressa de crises económicas, reduzem os níveis de criminalidade e fomentam maior confiança nas instituições democráticas.

Os sistemas sociais nórdicos em países como Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia são modelos de bem-estar e equidade social. Eles combinam proteção social forte, economia de mercado eficiente e elevada confiança cívica. Afinal, uma população que sente que o Estado está presente nos momentos mais críticos tende a envolver-se mais na vida pública e a defender o bem comum.

Num tempo em que o individualismo e a lógica do mercado são frequentemente coléricos, é determinante reafirmar a importância de um Estado que garante direitos e redistribui oportunidades.

Hoje, mais do que nunca!

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