09/01/2022, 0:00 h
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O projeto INCLUD-ED está a ser implementado no Agrupamento de Frazão desde 2020. É um projeto internacional que envolve cerca de 30 universidades do Mundo, cerca de 55 governos e mais ou menos 25 outras organizações públicas e privadas. Ao todo há mais de 6700 escolas no mundo a implementar este projeto.
Em Portugal são 23 escolas que o estão a executar, sendo que no nosso concelho a nossa é a única. Nos concelhos limítrofes temos algumas escolas que aderiram, e que vão numa fase mais adiantada de implementação, como é o caso do Agrupamento de Cristelo, em Paredes.
Este projeto tem como principal objetivo alcançar quer o sucesso académico, quer a coesão social para todas as crianças e comunidades na Europa.
Alicerça-se muito nas Comunidades de Aprendizagem, as quais são orientadas para a transformação social e educativa e baseadas em teorias e evidências científicas internacionais, que indicam que são as interações e a participação da comunidade as chaves para a promoção da aprendizagem, onde se inclui a melhoria dos resultados académicos dos alunos e da convivência entre eles, bem como a coesão social promovida pela participação das famílias e das comunidades.
O Projeto assenta em várias Ações Educativas de Sucesso.
No nosso Agrupamento ainda implementamos apenas algumas: a formação pedagógica dialógica (envolvendo docentes), as tertúlias literárias dialógicas (alunos) e os grupos interativos (voluntários da comunidade).
Com a pandemia, o desenvolvimento do projeto também teve constrangimentos, pelo que não foi possível concretizar as ações tal como previsto.
Sintetizando, este projeto visa o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem, que aprendem entre si, assentes nos princípios do diálogo igualitário, em que todos têm voz e devem cooperar, pois é em comunidade que se aprende.
De facto, a escola não é uma “ilha”.
Apesar dos constrangimentos da pandemia, estamos a iniciar os grupos interativos, em que membros da comunidade participam em grupos de trabalho de alunos, na sala de aula, como moderadores. Não lhes compete ensinar nada, mas moderar participações, de modo a que todos possam ter um diálogo igualitário.
Em pequenos grupos de alunos, um adulto orienta as intervenções e acaba por desenvolver também algumas competências.
Já fizemos formação de voluntários e temos cerca de 30 elementos, que integrarão esta aventura, sejam pais, irmãos, tios, avós…
Confesso que são passos ousados, que se dão, ao abrir a escola, a sala de aula, a elementos não docentes. Há um risco se cada elemento não cumprir o papel que lhe compete, mas sem risco perdia a graça.
Conto, mais no final do ano letivo, dar-vos um feedback sobre a forma como tem decorrido esta aventura, porque, de facto, o é.
Acredito que os resultados levarão alguns anos a chegar, assim como a implementação integral de todo o projeto. Vamos devagarinho, passo a passo, mas com vontade de que seja um sucesso.
Rosário Rocha
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