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Gazeta Paços de Ferreira

26/11/2023, 0:00 h

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Fumaça

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OPINIÃO POLÍTICA

Este tipo de ambiente favorece os atores populistas e todo o debate político será, cada vez mais, invadido por fumaça que pretende desviar a atenção dos assuntos importantes para o país.

Por Hugo de Sousa Lopes (Membro da Comissão Política Concelhia do PS)

OPINIÃO POLÍTICA

 

 

Fomos confrontados, recentemente, com uma crise política totalmente desnecessária e provocada por condicionantes de origem e fundamentos altamente duvidosos, que apenas o tempo – o qual, infelizmente, será demasiado – poderá ajudar a clarificar.

 

 

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Não obstante, numa democracia consolidada como a nossa, e com várias soluções constitucionais à disposição do Presidente da República (PR), principalmente num enquadramento parlamentar de maioria absoluta com menos de 2 anos de existência, não me parece que a melhor solução fosse atirar o país para um novo ato eleitoral. Aliás, o cenário criado pelo PR, com uma demissão do Governo com efeitos retardados no tempo, é algo que vem sendo, por muitos, considerado duvidoso. Mas não sou eu o constitucionalista, e bem sei que, por vezes, vontades falam mais alto. As confirmações públicas da viabilização presidencial de uma potencial formação de governo multipartidário e que inclua partidos populistas, racistas e xenófobos, é mais uma peça para este puzzle confuso.

 

 

Neste contexto, iremos passar por uma campanha eleitoral, onde os discursos serão certamente extremados e as acusações atingirão níveis ainda não verificados na nossa realidade política. Este tipo de ambiente favorece os atores populistas e todo o debate político será, cada vez mais, invadido por fumaça que pretende desviar a atenção dos assuntos importantes para o país.

 

 

Ora, no campo das evidências as coisas são bem mais claras. O país vive uma realidade de elevada resistência às adversidades da economia internacional. Portugal vem sendo um dos países da União Europeia que se afirma com um crescimento económico mais forte. No terceiro trimestre foi o país que mais cresceu, 1,9%, sendo a previsão de crescimento para o final do ano de 2%. A tão badalada carga fiscal é afinal de 38%, e encontra-se abaixo da média da União Europeia de 41,2%. A taxa de inflação desceu em Outubro para os 2% e mantém-se nos valores mais baixos da Europa. O rating da dívida pública portuguesa foi recentemente subido para o nível A3, passando para o grupo restrito das economias de confiança, do qual nem a Espanha consta. A taxa de desemprego mantém-se em níveis baixos, de 6,1%, com os valores de emprego a atingirem recordes. O salário médio aumentou para os 1.438€ e o salário mínimo, que já cresceu perto de 50% nos últimos 8 anos, terá o maior aumento de sempre para 820€ já em 2024, acompanhado de um aumento de 5% nos restantes salários.

 

 

Não fossem as elevadas taxas de juro do BCE e a confiança estaria em níveis recorde.

 

 

Os cidadãos sabem bem a importância social das políticas progressistas igualitárias do PS, porque o sentem nas suas vidas. A sociedade portuguesa está atenta e sabe avaliar os resultados da ação política do PS, focada nas pessoas. Portugal sabe que pode contar com o PS. E certamente, perante tanta desinformação, guerrilha mediática e manobras de distração, recordarão as célebres palavras: “É só fumaça, o povo é sereno.”

 

 


 

 

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