“Dinizismo” Conquista as Américas

Desporto Opinião Pedro Queirós

DESPORTO

Pelo quinto ano consecutivo, é uma equipa brasileira que conquista a Taça dos Libertadores. Jorge Jesus abriu caminho com o Flamengo, seguiu-se o bis de Abel Ferreira no Palmeiras e o Flamengo voltou a ganhar, na época passada, com Dorival Júnior. Esta conquista do Flu é diferente. Tem o toque de romantismo que, cada vez mais, parece perdido no futebol. E tem um nome, acima de todos os outros: Fernando Diniz.

Por Pedro Queirós

COMENTÁRIO DESPORTIVO

 

 

O treinador do Fluminense é um romântico até no vestuário, é daqueles que usa t-shirt por dentro das calças de fato de treino, parece ter ficado nos anos 80/90. É um profundo admirador do Brasil de 82, privilegia a técnica e dá mais liberdade a cada jogador, individualmente. Assim, vemos uma equipa menos mecanizada do que o habitual.

 

 

Mas escrever é fácil, difícil é passar isto para a prática e, sobretudo, ter a aceitação dos milhares da “torcida”, mas não só o conseguiu como até foi premiado e acumula funções no Fluminense e na seleção brasileira.

 

 

E o romantismos desta equipa chega a todo o lado: um guarda-redes, Fábio, com 43 anos; Marcelo como cabeça de cartaz, acabado de regressar para terminar a carreira; tem André a bater à porta da Europa; Ganso no pico da carreira aos 33 anos; o goleador Cano e tem muito de John Kennedy.

 

 

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O nome é curioso e o percurso dele também. É um dos muitos miúdos brasileiros que podia ter-se perdido nas armadilhas da rua e nem o futebol parecia ser escape. Acumulou problemas extra campo, foi emprestado e esteve com um pé fora. Até que o romântico Fernando Diniz quis acrescentar mais um capítulo a esta bonita história: salvar o homem e construir um jogador. Kennedy foi herói na meia final e marcou o golo da vitória no jogo decisivo. Foi abraçar o seu povo à bancada, viu amarelo e foi expulso. Mas o Maracanã ainda o veria ser campeão.

 

 

Não vou negar que a paixão louca dos adeptos argentinos tinha o meu apoio nesta final, mas não posso ficar triste com uma vitória do futebol romântico, daquele que dizem já ter passado de moda.

 

 

Das cinco vitorias consecutivas de equipas do Brasil, esta é, sem dúvida, a mais brasileira.

 


 

 

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