16/11/2023, 0:00 h
463
Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
COMENTÁRIO DESPORTIVO
O treinador do Fluminense é um romântico até no vestuário, é daqueles que usa t-shirt por dentro das calças de fato de treino, parece ter ficado nos anos 80/90. É um profundo admirador do Brasil de 82, privilegia a técnica e dá mais liberdade a cada jogador, individualmente. Assim, vemos uma equipa menos mecanizada do que o habitual.
Mas escrever é fácil, difícil é passar isto para a prática e, sobretudo, ter a aceitação dos milhares da “torcida”, mas não só o conseguiu como até foi premiado e acumula funções no Fluminense e na seleção brasileira.
E o romantismos desta equipa chega a todo o lado: um guarda-redes, Fábio, com 43 anos; Marcelo como cabeça de cartaz, acabado de regressar para terminar a carreira; tem André a bater à porta da Europa; Ganso no pico da carreira aos 33 anos; o goleador Cano e tem muito de John Kennedy.
ASSINE A GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA
O nome é curioso e o percurso dele também. É um dos muitos miúdos brasileiros que podia ter-se perdido nas armadilhas da rua e nem o futebol parecia ser escape. Acumulou problemas extra campo, foi emprestado e esteve com um pé fora. Até que o romântico Fernando Diniz quis acrescentar mais um capítulo a esta bonita história: salvar o homem e construir um jogador. Kennedy foi herói na meia final e marcou o golo da vitória no jogo decisivo. Foi abraçar o seu povo à bancada, viu amarelo e foi expulso. Mas o Maracanã ainda o veria ser campeão.
Não vou negar que a paixão louca dos adeptos argentinos tinha o meu apoio nesta final, mas não posso ficar triste com uma vitória do futebol romântico, daquele que dizem já ter passado de moda.
Das cinco vitorias consecutivas de equipas do Brasil, esta é, sem dúvida, a mais brasileira.
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025