Por
Gazeta Paços de Ferreira

08/05/2025, 9:35 h

725

Decisões europeias que importa conhecer e discutir

Destaque Editorial Álvaro Neto

EDITORIAL

Quem pagará tudo isto?

Estarão os europeus, especialmente os portugueses, disponíveis para aceitar cortes brutais nas despesas sociais (saúde, educação, segurança social) e nos investimentos públicos (habitação, infraestruturas, equipamentos públicos)?

Ou estarão disponíveis para suportar um aumento brutal dos impostos?

Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)

Vivemos em pleno período de campanha política conducente ao acto eleitoral marcado para o próximo domingo 18 do presente mês de Maio.

 

O momento não está fácil, dada a conjuntura política internacional que se vive: de um lado, a guerra na Ucrânia, já com efeitos muito gravosos para a vida dos portugueses; do outro, os cem dias da nova liderança da potência internacional, desde há décadas dominante, os EUA, a ver o seu domínio ser seriamente posto em causa, preparando-se para um novo confronto, tendo-o já iniciado no plano comercial.

 

 

Portugal, pela sua integração na União Europeia e pelo “seguidismo” dos seus governantes, quer aos ditames da burocracia de Bruxelas, quer aos de Washington, encontra-se numa encruzilhada extremamente difícil, que os governantes tudo fazem para ocultar da vista dos portugueses.

 

Sendo já uma prática recorrente, não surpreende que, na campanha eleitoral em curso, se gastem horas intermináveis nas televisões, se ocupem extensas e inúmeras páginas nos jornais, para já não se falar nas redes sociais, com questões de importância extremamente reduzida, e se fuja, como o Diabo da Cruz, de outras questões, decisivamente condicionantes da vida dos portugueses, actual e no futuro.

 

A União Europeia tomou decisões estratégicas, que foram aprovadas pelos governos, entre os quais o português, que, a ser implementadas, implicarão consequências gravosas para os povos.

 

Essas decisões estratégicas são:

1) - Investir 800.00 milhões por ano para recuperar o atraso em relação aos EUA e China;

2) – Rearmamento da Europa até 2030 com custo adicional de 800 mil milhões, passando os gastos actuais da UE de 1,9% do PIB para 3,4% do PIB;

3) - Apoio financeiro e militar à guerra na Ucrânia, sem limites e sem fim, com um custo difícil de calcular (3.000.000.000.000 - cálculos da Bloomberg).

Junta-se a reconstrução da Ucrânia, que se prevê já ultrapasse 500.000 milhões.

 

Será então de colocar as perguntas:

 

Quem pagará tudo isto?

 

Estarão os europeus, especialmente os portugueses, disponíveis para aceitar cortes brutais nas despesas sociais (saúde, educação, segurança social) e nos investimentos públicos (habitação, infraestruturas, equipamentos públicos)?

 

Ou estarão disponíveis para suportar um aumento brutal dos impostos?

 

Nota – Os elementos deste texto foram recolhidos em estudo de Eugénio Rosa

 

 

ASSINE A GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA

Opinião

Opinião

Marchemos, mesmo quando ninguém está a olhar

19/07/2025

Opinião

Paulo Ferreira: A pessoa certa para liderar o nosso concelho

19/07/2025

Opinião

PONTO DE SITUAÇÃO

19/07/2025

Opinião

SIM, CONSEGUIMOS

19/07/2025