09/11/2024, 13:10 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
COMENTÁRIO DESPORTIVO
"O Rodri vai ser um jogador incrível para nós. Não tem brincos nem tatuagens e o cabelo é de um médio. Um médio defensivo deve ser assim e não pensar no resto".
São declarações de Pep Guardiola, de 2019. Cinco anos depois, o médio, com cabelo de médio, venceu a Bola de Ouro e veio provar que é possível estar no futebol de alto nível e não ostentar uma vida de luxo e de vaidade.
Rodri, que não tem redes sociais, subiu ao palco e começou por agradecer à companheira, que conhece desde a infância.
O prémio é mais que justo. Não se pode questionar a influência de um jogador que perdeu apenas um jogo em toda a temporada passada, em que foi campeão pelo Manchester City e campeão europeu por Espanha.
Já esta época, que não conta para a Bola de Ouro, o médio lesionou-se frente ao Arsenal e, desde aí, para o campeonato, o City não mais voltou a vencer por dois golos de diferença e começou a perder três dos cinco jogos.
Rodri não joga mais nesta temporada e, por isso, sabe que não estará na discussão do Bola de Ouro do próximo ano.
Olhando para trás, é fácil comparar com Xavi ou Iniesta e dizer que Rodri não é tão bom e ganhou o prémio de melhor do mundo… mas Messi e Ronaldo dominaram o futebol por 20 anos e hoje não há ninguém tão destacado como antes.
Rodri é o melhor do mundo, com justiça, por mérito e há, sem dúvida, um City mais vulnerável sem ele.
Logo atrás ficou Vinicius Júnior.
Sabendo que é um prémio atribuído através de voto de jornalistas, é, à partida, uma escolha subjetiva.
O jogador do Real Madrid, também importante nas conquistas da sua equipa, com o seu futebol de rua, bem ao estilo brasileiro, não reúne a simpatia de uma grande parte da comunidade futebolística - e a classe e FairPlay são critérios de escolha -, pelo que partia atrás de Rodri desde o início.
Acabou por perder um prémio que, diziam os media espanhóis, lhe estava destinado. Tal facto levou à revolta do Real Madrid, que boicotou a presença na cerimónia.
Não deixa de ser engraçado que o clube que aplaudiu de pé a vitória de Luka Modric (num ano em que Cristiano Ronaldo carregou o Real Madrid às costas, mas teve a audácia de sair para a Juventus), venha agora desvalorizar o prémio e boicotar a presença por considerar o vencedor injusto.
Até porque nunca o fez aquando das vitórias de Messi, sendo duas ou três também questionáveis.
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