30/10/2022, 0:00 h
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Helena Carreiras, a atual e muito ausente Ministra da Defesa portuguesa, afirmou: “ Tem que se considerar que a NATO não está a tentar expandir-se. Às vezes há esta opinião que a NATO se está a expandir, eu gostava de sublinhar o facto de que têm que ser os países eles próprios se querem juntar-se e não é demais sublinhar que este tem sido o caso”
.ASSINE GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA
Em 1949, a NATO foi constituída por 12 países. Desde o fim da União Soviética em 1991, a NATO “engordou”, não mudando a sua essência. Com a Polónia e a República Checa em 1999, com a Roménia, a Bulgária, a Eslováquia, a Eslovénia, a Estónia, a Lituánia, a Letónia em 2004, com a Albânia e a Croácia em 2009, com Montenegro em 2017, a Macedónia do Norte em 2020, e está em desenvolvimento a integração da Finlândia e a Suécia. Dos 12 países iniciais, caminha-se para uns prováveis 32.
Helena Carreiras sabe portanto que está a mentir. A expansão da NATO não só é evidente como mantendo a sua essência ela é perigosa´, como se vê no tempo presente. Pode--se invocar todos os artigos quintos ou sextos de um qualquer documento fundador (quando interessa!) que isso não altera objectivamente a existência e a prática de um bloco militar que responde sempre aos ditames e interesses da potência dominante.
E quando a NATO não pode intervir em conflitos ou ambientes de tensão, por reservas dos povos ou interesses inconfessados ou hegemónicos dos Estados Unidos da América, estes nunca deixarão, tal como no passado, de o fazer ocupando, invadindo, sabotando, extorquido ou explorando recursos. A estratégia da complementaridade do vetor autonómico da politica externa dos EUA coloca os países europeus muitas vezes no papel de serviçais ou prostitutas de serviço. Chipre, Palestina, Síria, Bósnia, Kosovo, e mais aí estão para documentar essa realidade.
A guerra da Ucrânia constitui uma nova página dessa realidade.
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