16/02/2025, 0:00 h
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Opinião Opinião Politica Partido Social Democrata
OPINIÃO POLÍTICA
Por Alexandre Costa (Presidente da Comissão Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Social Democrata)
Nos últimos anos, temos assistido a uma crescente relevância dos grandes eventos desportivos como motores de dinamismo económico nas regiões onde são realizados. A recente escolha do Complexo Desportivo de Lousada como um dos centros de estágio do Mundial de Futebol de 2030 e a realização de competições europeias de hóquei em patins no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, Paredes, são exemplos claros de como certos concelhos souberam captar estas oportunidades.
Quando falamos da falta de dinamismo nas nossas cidades, é importante perceber que esse fenómeno não é apenas fruto de mudanças demográficas. Um dos grandes fatores para a estagnação é a ausência de eventos paralelos que atraiam público e promovam a visibilidade externa dos concelhos. Eventos desportivos de âmbito nacional e internacional são ferramentas poderosas de projeção, capazes de divulgar a nossa cultura, gastronomia e comércio local.
Não é por acaso que diversos concelhos têm vindo a destacar-se na captação de competições de grande escala. Estes eventos não só geram receitas diretas para os estabelecimentos locais, como também criam um efeito de longo prazo ao colocarem os territórios no mapa. Em contraponto, a falta deste tipo de iniciativas constitui um entrave ao desenvolvimento.
A concorrência intermunicipal é uma realidade cada vez mais presente, e os concelhos que não souberem adaptar-se à dinâmica de captação de eventos arriscam-se a perder relevância. Além de captar eventos, é necessário investir em infraestruturas desportivas de qualidade que possam acolher competições de várias modalidades. A escolha do Pavilhão Multiusos de Gondomar para acolher o Campeonato Nacional de Remo Indoor 2025, que envolveu 800 atletas, é mais um exemplo desta realidade.
Este fenómeno tem um impacto que vai muito para além do desporto. Um evento desportivo de grande escala movimenta não só atletas e equipas técnicas, mas também adeptos, jornalistas e patrocinadores. As unidades hoteleiras, os restaurantes, o comércio local e os pontos culturais beneficiam diretamente deste fluxo, criando uma economia temporária, mas com potencial de fidelização futura.
Sem esta visão, os concelhos ficarão progressivamente isolados, sem capacidade de se “venderem” ao exterior e, consequentemente, de atrair investimento.
O nosso concelho tem potencial, mas precisa de uma visão diferente para sair da inércia atual. Uma visão que o PSD defenderá para o futuro de todos os nossos concidadãos.
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