05/03/2021, 1:36 h
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Ao longo dos anos as escolas têm trilhado um caminho de abertura cada vez maior à comunidade. Ao longo do ano são diversas as atividades que se realizam para e com a Comunidade. São exemplo disso as feirinhas, festas e outras atividades em que, se a escola não sair à rua, vem a “rua” à escola, para aprendermos colaborativamente.
Há um ano tudo mudou! Está a fazer um ano que, subitamente, alunos e professores foram empurrados para casa e passou-se a tentar que a “aprendizagem” se concretizasse através de um monitor. O último período do ano letivo anterior foi assim. O segundo período deste ano letivo está a ser igual, após um primeiro período repleto de quarentenas de alguns alunos, professores e/ou turmas completas.
Há um ano que a Escola está praticamente restringida ao trabalho de sala de aula, seja ele na escola, seja ele na casa de cada um. Para Escolas com dinâmicas interativas com outras escolas ou com a Comunidade em geral, sente-se que é um ano mesmo “paradinho”! Projetos locais, nacionais e internacionais ficaram parados e falta a adrenalina dos mesmos.
Em Frazão, os últimos anos têm sido marcados pelos Projetos Erasmus e o intercâmbio com alunos e ambientes educativos de vários países da Europa traziam tantos ganhos para cada um!
Tal como os projetos Erasmus em que estávamos envolvidos, este ano tínhamos previsto avançar com um outro projeto internacional- o INCLUD-ED, através da implementação de várias ações educativas de sucesso, nomeadamente os Grupos Interativos e as Tertúlias Dialógicas.
Já falei neste projeto, mas creio que merece futuramente uma maior explicitação, pois incide essencialmente na criação e implementação de Comunidades de Aprendizagens.
Em suma, Escola e Comunidade aprendem lado a lado e melhoram-se simultaneamente. Tínhamos já vários pais voluntários, os quais, após uma pequena formação, integrariam os Grupos Interativos. Oportunamente voltarei a falar mais pormenorizadamente deste Projeto que é uma mais-valia, sem dúvida.
Ainda antes do fecho da escola em fevereiro, o Agrupamento tinha decidido integrar, também, o Programa Academia Digital para Pais.
Este programa é uma iniciativa da EDP Distribuição – Energia, S.A. em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE), que dá a possibilidade aos pais/encarregados de educação de crianças do 1.º e 2.º ciclos de Escolas que integram o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), de frequentar ações de formação promotoras de competências digitais.
Já não foi possível a sua implementação e que jeito teria dado pois os pais revelam um défice no domínio de competências digitais básicas, que facilitem o acompanhamento escolar dos filhos.
Resumindo, para as escolas que estavam habituadas a dinâmicas colaborativas constantes, este ano tem sido para esquecer pois é mesmo um “tédio”…
Aguardamos que melhores dias surjam para voltarmos a abrir os portões da Escola para sairmos e para que entrem na nossa “casa”.
Como sentimos falta da agitação…
Rosário Rocha, professora do AE Frazão
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