14/11/2020, 16:09 h
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A situação do concelho de Paços de Ferreira, no que à rede de transportes públicos se refere, é inaceitável numa realidade do séc. XXI. Este contexto prejudica fortemente os rendimentos das famílias, sobretudo de quem se desloca regularmente para o Porto, como, também, dificulta a fixação dos nossos jovens ao concelho bem como a atração de novos habitantes. As consequências não ficam por aqui, e fazem-se sentir, da mesma forma, ao nível dos custos de transportes de mercadorias e do mais rápido escoamento destas, para além de que este cenário é responsável pela deterioração do meio ambiente, já que implica a deslocação em carro próprio de muitos munícipes em direção ao Porto e dos muitos veículos de carga das empresas concelhias.
Enfatize-se, pois, que Paços de Ferreira é caso singular no conjunto dos concelhos com mais população em Portugal e que não são servidos pela linha férrea. Esta é fundamental para o futuro do concelho, para a sua regeneração demográfica permanente e para se caminhar para um concelho verde, projetado no futuro e atrativo ao nível de investimentos.
Sendo que a autoestrada, A41 e A42 representaram um importante elemento de progresso e desenvolvimento do concelho, atualmente exige-se bem mais. Exige-se uma rede de transporte público rápida, barata, ecológica e entrosada com a rede de metro da cidade do Porto e até com a linha que acesse ao Porto de Leixões, este um meio fundamental para facilitar e incrementar as exportações dos nossos industriais.
Aquilo que parecia uma miragem, e que foi, recorrentemente, apelidado de fantasioso pela oposição, que mereceu o seu desdém, mas que agora, estranhamente, é alvo de um silêncio ensurdecedor por parte dessa mesma oposição, é cada vez mais uma possibilidade.
A ideia emergiu, depois de estranhada foi sendo entranhada, os estudos aconteceram, esta foi mesmo incluída no plano de investimentos para 2030 na vertente de estudos , e por fim, por infelizes razões, o “plano de recuperação económica e social de Portugal 2020-2030”, cria, agora, a oportunidade da linha Vale do Sousa poder vir a ser uma realidade no futuro breve.
O PS Porto, a Federação Distrital do Porto e consequentemente o PS de Paços de Ferreira está muito implicado no apoio aos autarcas eleitos pelo partido socialista os quais podem ver os seus concelhos munidos deste meio de transporte e assistirem, desta forma, a uma verdadeira revolução de toda a realidade social e territorial dos mesmos.
Não basta haver dinheiro disponível para o investimento na ferrovia para a linha do Vale do Sousa acontecer, é preciso muito trabalho político e técnico e de persuasão por parte das câmaras envolvidas e forças políticas e económicas, onde a autarquia socialista de Paços de Ferreira teve, desde o primeiro momento, um papel de charneira.
Armanda Fernandez
Presidente da Comissão Politica de Paços de Ferreira
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