05/03/2021, 1:42 h
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Uma situação de pandemia, uma situação de catástrofe, dificilmente acontece e se percorre sem uma natural desregulação social na medida em que, de um momento para o outro, um país, um povo, vê-se confrontado com uma nova realidade que começa por estranhar para ir entranhando. As regras, as prioridades e os objetivos mudam repentinamente obrigando a sociedade a reorganizar-se. Isto explica algumas decisões e não decisões, fechos, aberturas e ambivalências.
Não há país que tenha escapado a esta sina.
Pelo meio exige-se que os partidos e os fazedores de opinião contribuam para esclarecer a população de forma assertiva, coerente e informada. O mínimo que se pode exigir a quem emite opinião pública e publicada é que seja intelectualmente honesto e sério e que não alarme a população inventando cenários mais exagerados do que a realidade, já de si tão perturbadora, ou que se constitua como verdadeiros elementos de oposição partidária aproveitando os papéis que desenvolvem enquanto representantes de determinadas corporações. Não é isto que temos verificado.
No período anterior ao natal foram muitos, se não todos, os partidos políticos a exigirem um regime de maior abertura e de desconfinamento, pedindo ao governo que aliviasse as medidas de restrição à circulação e ajuntamento de pessoas. Os partidos foram acompanhados nestas exigências por comentadores como Marques Mendes e outros. Quando os números de infetados e de mortos dispararam, foi ver hipocritamente esses mesmos partidos e, nomeadamente, Marques Mendes a afirmarem que o governo tinha errado nessa abertura que concedeu. São, agora e também, esses partidos que depois de acusarem o governo de tardar a confinar e a fechar as escolas começam a pressionar esse mesmo governo para desconfinar o quanto antes.
Haja paciência, pois coerência parece não existir.
Armanda Fernandez
Presidente da Comissão Política do Concelho de Paços de Ferreira
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