04/09/2020, 0:12 h
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A decisão de Lionel Messi abandonar o Barcelona não surpreendeu ninguém. O que surpreendeu foi a forma como resolveu sair. Acionar uma cláusula que o permite sair a custo zero não é a forma mais correta de sair do clube que representou toda a sua carreira como sénior, ainda para mais quando tal questão pode levar a uma batalha jurídica. Isto porque essa cláusula é válida quando acionada até 30 de junho.
Messi acionou em agosto sob a justificação da época ter alargado devido à pandemia, logo as datas também alteraram. O Barcelona não concorda e defende-se com a cláusula de rescisão fixada nos 700 milhões de euros. Não é novidade, também, que Messi não está de acordo com muitas decisões da direção e a contratação de Ronald Koeman como novo treinador é uma delas.
O importante agora é perceber o que quer Messi.
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Se, na verdade, está de costas voltadas com Bartomeu e pretende sair para recuperar a alegria de jogar nos últimos anos da sua carreira ou, por outro lado, se pretende afastar o presidente e ganhar mais poder no clube para interferir nas escolhas do plantel.
Nos últimos dias temos assistido a novos episódios desta novela.
Primeiro, o presidente colocou o lugar à disposição se Messi ficar e disser que a culpa do atual estado do clube é da sua presidência, isto é, atira a responsabilidade para cima do jogador e, caso saia, pode dizer que o Barcelona está refém de Messi.
Depois, Messi não compareceu aos testes médicos de início de época por já não se considerar jogador do clube.
Para finalizar, surgem pormenores de uma suposta oferta do Manchester City ao jogador: contrato de cinco anos, três em Manchester e dois no New York City (clubes do mesmo dono); 100 milhões de euros por ano e 250 milhões quando assinar pelo clube americano. 750 milhões de euros em cinco anos, mas só se sair a custo zero.
A liga espanhola já se colocou do lado do Barcelona, no que parece mais ser um desespero por ver as receitas a cair com a saída do astro argentino.
Caso não haja acordo, caberá a decisão à FIFA, com a certeza que muitos milhões andarão a circular por trás desta batalha.
Ainda assim, esta tomada de posição de Messi é a maior derrota da presidência de Bartomeu.
Pedro Queirós
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