29/11/2020, 14:25 h
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O Poder Local tem a sua matriz na proximidade às populações, afirmando-se como a primeira voz do povo e o pilar de apoio e orientação de qualquer comunidade.
No exercício do poder local é necessário um conhecimento profundo da realidade de cada Freguesia, das suas gentes, hábitos e dinâmicas. Apenas, com esse conhecimento é possível fazer uma correta e acertiva definição de programas de governação local, adequada à realidade de cada Freguesia, bem como o diagnóstico de questões fundamentais e determinantes para cada comunidade.
Compete, pois, aos titulares de cargos do poder local a criação da dita proximidade, seja através do desenvolvimento de programas que aproximem a população, seja através da facilidade de acesso ao cidadão às informações e decisões.
O poder local deverá ser encarado pelos cidadãos como o seu primeiro grande parceiro, aquele a quem se devem dirigir em primeira linha e onde devem colher o apoio necessário. Para tanto, deve o poder local reforçar os meios de comunicação com a população, agilizando-a e promovendo-a.
Hoje as freguesias enfrentam desafios completamente diferentes daqueles que se impunham outrora. Os apoios sociais são cada vez mais necessários para ajudar a ultrapassar as dificuldades que se fazem sentir desde o berço – desde logo com a falta de creches e apoio familiar de retaguarda -, prolongando-se pelas diversas contingências da vida, até á velhice, onde precisam de especial atenção, pela fase de maior vulnerabilidade.
Por causa da grave situação pandémica que atravessamos vivemos tempos anómalos, sendo, por isso, uma obrigação do poder central e local a implementação de medidas de protecção, em especial dos mais vulneráveis, e a coragem para a assunção das corretas medidas de controlo da pandemia, sem que para tal se tenha que sacrificar a economia. Deverá haver um justo equilíbrio/sacrifício, que ao mesmo tempo seja equitativo para todos!
Assim, as lutas dos autarcas de hoje são os grandes desafios das comunidades modernas, isto é, depois de termos escolas modernas, infra estruturas habitacionais, empresariais, desportivas e culturais, merecem hoje amplo destaque, o apoio social, o ambiente, os espaços públicos, a inovação e a qualidade de vida, que também se mede pela capacidade de puxar pelos recursos endógenos de cada localidade, ou seja, tudo aquilo que existe e que faz de cada comunidade, uma comunidade única e singular.
Hoje mais do que nunca, uma comunidade precisa de referências, de elevação e de sentido de respeito. São precisas referências que façam com que na hora de decidir onde viver, a decisão recaia sobre a comunidade que representamos.
Para isso, temos de construir uma identidade, mas uma identidade consistente, assente em valores, como o associativismo, a solidariedade e a união da freguesia em torno das suas colectividades.
A valorização do ambiente e o que ele nos pode proporcionar. A valorização da relação inter geracional e da solidariedade, no fundo, construir uma Freguesia capaz de atrair pessoas e investimentos. Estes são os desígnios de uma sociedade moderna que está em constante mutação e evolução.
Aos autarcas cabe o difícil papel de fazer com que a transição de gerações se faça sem sobressaltos e oferendo o que vai sendo possível oferecer, sempre na persecução do bem comum!
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