10/05/2025, 10:05 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Duarte Dias (Dirigente da Sub-Região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do Partido Comunista Português)
As comemorações do 25 de Abril e a jornada de luta do 1.º de Maio assumem, este ano, uma importância política incontornável. Num contexto marcado pelas eleições legislativas de 18 de Maio, estas datas projectam-se como momentos decisivos para a afirmação de uma política que concretize os valores democráticos consagrados na Constituição da República – nas suas dimensões política, económica, social e cultural.
A Revolução de Abril, que pôs fim a 48 anos de fascismo, continua enraizada no povo como símbolo da liberdade conquistada pela resistência antifascista, com destaque para o papel dos comunistas e do PCP. As recentes tentativas do Governo PSD/CDS de esvaziar as celebrações do 25 de Abril, usando como pretexto o luto nacional pela morte do Papa Francisco, fracassaram redondamente. As iniciativas populares multiplicaram-se, confirmando não só a vitalidade dos valores de Abril, mas também uma derrota política para a direita no poder. A participação massiva foi um claro recado: o povo não abdica da memória nem das conquistas revolucionárias.
Neste momento crucial, em que se aproximam eleições decisivas, o 1.º de Maio ganha dimensão estratégica. As reivindicações dos trabalhadores – nos locais de trabalho, nas empresas, nos sectores mais explorados – convergem numa afirmação colectiva de objectivos comuns: salários dignos, direitos laborais garantidos, serviços públicos fortalecidos. Esta jornada não só amplifica lutas concretas, mas também fixa as referências de uma política alternativa, oposta à que serve o capital e os seus representantes.
A força desta mobilização depende, contudo, da organização e da vontade dos trabalhadores, articulados nos seus sindicatos de classe. Aqui, o papel dos comunistas é claro: despender as energias necessárias para construir a alternativa política que sirva os interesses do povo. Num país ainda marcado por desigualdades e retrocessos sociais, a articulação entre luta de massas e acção institucional é vital.
Com as legislativas à porta, cada voto na CDU será um voto pela concretização das reivindicações que ecoaram nas ruas a 1 de Maio. Eleger deputados comunistas significa dar força à defesa dos trabalhadores na Assembleia da República, contrariando as políticas de austeridade e precariedade. Por mais que isso custe ao grande capital, a CDU manterá o seu papel ímpar: ser a voz intransigente dos que lutam por um Portugal mais justo.
Nestas eleições, a escolha é clara: entre uma política ao serviço do lucro ou uma que honre Abril. A 18 de Maio, lembra-te: A tua vida importa, o teu voto conta.
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