17/03/2024, 12:41 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Hugo de Sousa Lopes (Membro da Comissão Política Concelhia do PS)
OPINIÃO POLÍTICA
Não poderia deixar de fazer referência ao principal fator desestabilizador do contexto político nacional: o Sr. Presidente da República. Com base no princípio da estabilidade democrática, dissolveu, a meio do mandato, um parlamento eleito com maioria absoluta, para agora nos depararmos com a situação de maior instabilidade governativa de que há memória desde os anos 70 do século passado.
Imbuído da sua cupidez e dependência crónica da intriga palaciana, o chefe de estado conseguiu assegurar, em 4 meses, o mesmo crescimento da extrema-direita que levou mais de 10 anos a ser conquistado no resto dos países da Europa. Tristes notícias para a celebração dos 50 anos do 25 de Abril. Agora se compreendem as palavras infelizes que anunciaram o fim de ciclo de 50 anos que o Presidente pronunciou, numa intervenção que claramente condicionou a eleição e marcou negativamente o dia de reflexão.
Estamos perante uma nova realidade, que resulta da salutar alternância democrática, característica de uma democracia liberal aberta.
Cabe, agora, ao PS fazer oposição, de forma organizada, estruturada e intensa. E não tenham dúvidas que se há força política que se encontra unida e organizada é o Partido Socialista. O projeto político de organização social que apresentamos a sufrágio é totalmente díspar das políticas propostas pela direita. Razão pela qual devemos, na próxima legislatura, trabalhar afincadamente na demonstração da qualidade e bondade das nossas políticas, para a continuação do desenvolvimento económico e fortalecimento das políticas sociais que vinham a ser desenvolvidas e que se prevê, venham a ser adiadas, senão mesmo revertidas em prejuízo das populações pelas forças políticas vencedoras.
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Mas, cabe-nos ainda uma tarefa maior. A de compreender, ouvir e organizar respostas às necessidades do eleitorado que realizou um claro voto de protesto, numa força política que jamais responderá às suas necessidades. Pois a extrema-direita não serve nem nunca serviu os interesses dos mais desfavorecidos. Antes pelo contrário, favorecem os grandes interesses que os financiam.
Desta forma, ouvir e dar resposta a este grupo de pessoas é fundamental, pois certamente que mais ninguém o irá fazer e apenas usarão o seu voto com fins eleitoralistas e sem qualquer compromisso de concretização das suas expectativas e aspirações, muitas delas de profundo cariz social. E isso só o PS assegurará como tem vindo a fazer na sua história e de forma efetiva na última década, e garantindo a defesa e sustentação da Democracia em Portugal.
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