Se o objetivo passava por vencer a competição pela primeira vez e, também, pelo apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris, ficou a clara sensação que era possível conseguir… mas nem perto estivemos de merecer tais feitos.
Pedro Queirós
Quatro jogos: uma vitória; um empate e duas derrotas. É este o saldo da seleção sub 21 no Europeu da categoria. A participação portuguesa foi um fracasso. Não há outra forma de o dizer. Se o objetivo passava por vencer a competição pela primeira vez e, também, pelo apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris, ficou a clara sensação que era possível conseguir… mas nem perto estivemos de merecer tais feitos.
A segunda parte do jogo que ditou a eliminação da seleção de esperanças foi quando a equipa praticou o melhor futebol. Contudo, já corria atrás do prejuízo e não foi a tempo de marcar a uma Inglaterra que chega às meias finais ainda sem qualquer golo sofrido.
No que toca ao nível exibicional, a seleção foi medíocre. Sentiu-se a falta de jogos de preparação antes da estreia e a seleção acusou demasiado a lesão de Fábio Vieira, que o impediu de dar o seu contributo. A única vitória, no segundo jogo da fase de grupos, foi conseguida com um penalty ao minuto 89 e Portugal sofreu golos em todos os jogos.
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Também foi bem visível a incapacidade do selecionador Rui Jorge para dar a volta à situação. Nuno Tavares, que acabou a época a contas com problemas disciplinares no Marselha, foi totalista mesmo sem estar na melhor forma e tinha Leonardo Lelo como seu suplente; André Almeida começou a titular, mas saiu da equipa ao terceiro jogo; Afonso Sousa somou apenas 70 minutos; Vitinha, com a seleção a perder, entrou ao minuto 89 e foi terceira opção para o ataque, atrás de Fábio Silva e Henrique Araújo… tudo isto numa equipa que nunca se afirmou.
Os resultados da fase de grupos também não ajudaram a seleção a ganhar confiança e a ficar mais tranquila. Portugal entregou para o jogo frente a Inglaterra com demasiado receio de uma equipa composta por alguns já valores firmes da Premier League. No final, Rui Jorge afirmou que “não conseguimos demonstrar o potencial que temos”, mas eu não quero que ele me diga isso, porque toda a gente viu. Gostava mais que ele me dissesse o porquê de não termos conseguido mediante as opções que tomou.