30/03/2024, 0:00 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
COMENTÁRIO DESPORTIVO
Era precisamente o “Chato” que devia falar com Kökçü depois da entrevista que o jogador decidiu dar ao neerlandês De Telegraaf. A entrevista não tem nada de inocente: foi dada à imprensa dos Países Baixos, país onde brilhou no Feyenoord e foi o melhor jogador do campeonato no ano do título; justificou-se perante um país que o viu brilhar para manter a porta aberta e atirar para o treinador a culpa de não render como antes; questionou as opções do treinador, que até já o conhecia por ambos terem coincidido na Eredivisie, e vitimizou-se por não se sentir valorizado pelo Benfica.
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Segundo dados do Transfermakt, Kökçü custou 25 milhões de euros ao Benfica. O salário anual é de cerca de 3 milhões de euros. É a contratação mais cara de sempre do Benfica. Mais valorização do que isto é difícil… Dar uma entrevista não autorizada é uma porta aberta para dizer tudo o que pensa, mas também fecha a porta do Benfica, que não vai aceitar manter na equipa um jogador que expõe a equipa e o treinador desta forma. Sobre as questões táticas, de preferir jogar num meio campo a três e com menos tarefas defensivas, são pontos de debate com a equipa técnica e não com a imprensa.
Kökçu não pode querer comparar-se com Di Maria. O argentino tem passado no clube, é ídolo, pelo que há uma ligação emocional entre adeptos e jogador. E também não pode querer que seja a equipa a adaptar-se à sua forma de jogar, mesmo sendo o mais caro da história. Resta agora que Roger Schmidt consiga gerir (mais) uma situação que deixa o clube desconfortável sem prejuízo desportivo. Quanto a Kökçü… “vai mas é trabalhar”.
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