18/08/2021, 18:27 h
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A preocupação com a preservação do meio ambiente não é recente. Desde o final do século passado, a comunidade científica tem alertado insistente e continuamente para as alterações climáticas. Todos nós assistimos aos mais variados fenómenos climáticos extremos, nem que seja pelos meios de informação ao nosso dispor.
Esta causa global é, sem espaço para dúvidas, o maior desafio das novas gerações, que herdam um planeta com mais escassez de recursos e com um vasto conjunto de problemas por resolver. Dessa forma, a preocupação ambiental é urgente: é um desígnio da sociedade contemporânea implementar soluções capazes de, pelo menos, reduzir o impacto das transformações climáticas.
A ação climática desce, também, à nossa rotina, e aí é determinante: com o consumo de água e de eletricidade, sem esquecer o lixo. Os municípios têm na sua esfera de ação uma grande responsabilidade nestas matérias. As eleições autárquicas que se avizinham são, por isso, um momento privilegiado para recolocar em cima da mesa este tema, tão abrangente como exigente.
Paços de Ferreira dedicou recentemente um ano municipal a esta temática: o “Ano Municipal do Ambiente”. Uma iniciativa louvável de sensibilização que, lamentavelmente, ficou-se por apenas isso: sensibilização. Uma oportunidade perdida.
O drama ambiental gerado pela ETAR sediada em Arreigada permanece até aos nossos dias, perante a desresponsabilização do atual executivo socialista. Uma ineficácia total, que mostra incapacidade de solucionar o problema.
A recente municipalização dos serviços de recolha de resíduos, uma bandeira do atual executivo, parece seguir o mesmo caminho: muito alarido e poucos horizontes de futuro. Foi mais a pressa de trocar uns contentores por outros e adquirir à pressa camiões de recolha, do que repensar seriamente numa estratégia de recolha de resíduos, que estimule a separação e a economia circular. Uma visão pensada a longo prazo, que permitisse de uma vez por todas eliminar o triste espetáculo que todos vemos, com caixotes do lixo “geral” a transbordar pelas nossas ruas. Caso para dizer, é tempo de uma nova atitude!
Paços de Ferreira precisa de um plano estruturado em matéria ambiental, que defina metas ambiciosas, que seja liderante em matéria de reaproveitamento e no estímulo à economia circular, que seja capaz de criar um compromisso ambiental entre o município, as empresas, as instituições e as famílias. Só dessa forma, podemos ambicionar a qualidade de vida que desejamos, num esforço repartido que permitirá alcançar qualquer meta, por mais exigente que seja.
Não tenho dúvidas de que todos os nossos munícipes estarão disponíveis para essa tarefa. Tudo depende de uma nova atitude na gestão do município.
Tomás Paiva
Vice Presidente da Comissão Política Concelhia
JSD de Paços de Ferreira
https://youtu.be/6D4CzlR6T5o
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