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Gazeta Paços de Ferreira

09/05/2024, 0:00 h

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Um 25 de Abril apontado ao futuro

Destaque Editorial

EDITORIAL

As comemorações do quinquagésimo aniversário da Revolução de 25 de Abril revestiram-se de um profundo significado político.

Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)

EDITORIAL

 

 

O seu caráter popular, traduzido nos milhares de cidadãos que saíram para as ruas, estabelece a ligação com o que se passou, no próprio dia 25 de Abril de 1974 e seguintes, em que a intervenção popular veio transformar numa revolução o que poderia ter ficado como um simples golpe de estado.

 

 

A resistência da Junta de Salvação Nacional, nas suas indefinições, relativamente à continuidade da polícia política, à libertação dos presos políticos, à censura e à independência das colónias, foi superada por força desta intervenção.

 

 

Também actualmente nestas manifestações, pela ampla participação popular, e da juventude, se extrai a ideia de uma ampla consciencialização de que estas comemorações não poderiam limitar-se à festa, mas alargar-se à intervenção política, a uma profunda intervenção cívica, apontando ao futuro, tanto mais necessárias para preservar, e fortalecer, as conquistas políticas, sociais e econômicas que Abril proporcionou quanto mais poderão estar em causa pela intervenção, cada vez mais às claras, dos herdeiros das forças derrotadas nesse dia.

 

 

As condições de (in)governabilidade do actual Executivo liderado por Luís Montenegro e a composição da Assembleia da República impõem que se reforce a participação dos cidadãos, especialmente os das classes mais desfavorecidas, nas formações sociais, económicas e politicas, na defesa dos seus legítimos interesses.

 

 

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Cremos que essa disposição foi sinalizada nestas comemorações, especialmente no que diz respeito à defesa do regime democrático e do Estado Social.

 

 

No debate político existem algumas questões que parecem passar ao lado, mas cremos que talvez tenham interesse.

 

 

Trata-se da nossa integração europeia e da obediência acrítica, senão mesmo cega e seguidista, dos governantes portugueses aos ditames dos burocratas de Bruxelas.

 

 

Uma outra diz respeito às guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, que pelos riscos para a sobrevivência da Humanidade, pelos valores humanos postos em causa e pela influência que provocam na vida dos portugueses, não podem continuar a ser tratadas ao nível de catequese para criancinhas.

 

 

 

 

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