02/12/2023, 0:00 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
DESPORTO
O apuramento estava garantido, o primeiro lugar também. Os últimos dois jogos não eram mais do que uma formalidade, que podia ser aproveitada para testar novas dinâmicas. E foi isso que Roberto Martínez tentou.
Frente ao Liechtenstein, o selecionador abusou nos homens da frente. Contra uma das seleções mais frágeis do mundo, e com, por vezes, seis jogadores no ataque, Portugal chegou empatado a 0 ao intervalo. O resultado embaraçoso mostrou que não é o número de jogadores na frente que define a qualidade das jogadas e a quantidade de golos marcados. Na segunda parte, a seleção corrigiu e venceu, de forma natural. Melhor pelo resultado do que pela exibição, perdeu-se a oportunidade de testar algo verdadeiramente vantajoso. Em contexto de campeonato da Europa, contra seleções de valia superior, nunca Portugal vai entrar tão balanceado para o ataque, nem com tanta gente no último terço.
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Com a Islândia, voltamos a ver uma seleção mais próxima daquela que Roberto Martínez procurou implementar desde que chegou: assente num 3-4-3; a utilização de um médio mais defensivo e com disponibilidade física para segurar as pontas atrás para que os laterais possam apoiar o ataque e, sobretudo, a capacidade de conjugar um leque de jogadores cujas características se enquadram mais a jogar pelo meio. Talvez, seja, esta última, a grande diferença entre o atual e anterior selecionador. A dupla Bruno Fernandes-Bernardo Silva é um dos pontos fortes deste sistema.
No fim, 10 vitórias em 10 jogos e recorde de golos em fases de apuramento para o Campeonato da Europa. O nível exibicional nem sempre foi o melhor, mas Portugal chega a esta fase confortável no sistema de três centrais. Pelo caminho, faltou a exigência do lado dos adversários e faltou a chamada de outros jogadores para entrarem em contexto seleção, algo que Martínez explicou e admitiu não fazer.
O selecionador já tinha conseguido um apuramento 100% vitorioso com a Bélgica. Terá a oportunidade, no próximo ano, de dar o passo seguinte… onde ficou sempre aquém ao comando dos belgas.
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