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Gazeta Paços de Ferreira

26/10/2024, 10:16 h

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Tudo Vale a Pena Quando a Alma Não é Pequena

Desporto Opinião Pedro Queirós

DESPORTO

Se há tradição que se mantém nestas primeiras eliminatórias da Taça, também é esta: a força e a resiliência de quem que com pouco, procura fazer muito.

Por Pedro Queirós

 

O regresso da Taça de Portugal traz sempre as mesmas questões: a beleza do confronto entre equipas que só nesta competição se conseguem encontrar e o desvirtuar do jogo quando os adversários dos três grandes jogam em casa emprestada para fazerem uma maior receita.

 

 

Isto não vai mudar nunca. O pensamento é simples… o jogo está perdido, à partida, tal é a diferença entre as equipas, então mais vale amealhar um jackpot que dificilmente apareceria de outra forma. Legítimo… mas feio.

 

 

O Pevidém apostou nessa tática frente ao Benfica. O clube dos arredores de Guimarães disputa o Campeonato de Portugal (4º escalão) e pediu ao vizinho Moreirense para lhe ceder o estádio. A distância de cerca de 15 minutos não afeta em nada os adeptos e a casa - e os bolsos -, encheram. 

 

 

Ainda assim, Tatsuya Ishizuka, empresário japonês e presidente da SAD do Pevidém, estava confiante. “Vamos ganhar contra o Benfica”, disse, entre risos. Não aconteceu. Mas ficou a mensagem do homem forte do clube e a ambição que passou à estrutura que preparou o jogo. Era o jogo de uma vida, mas a mentalidade tem que continuar lá sempre.

 

 

 

 

Este episódio fez-me recordar as palavras do treinador do Estoril, há umas semanas, antes de defrontar o Sporting. “Não faz parte do nosso trabalho ser a primeira equipa a ganhar ao Sporting”, disse Ian Cathro. Uma equipa a jogar em casa, num jogo do campeonato, em que todos os pontos contam, diz à boca cheia que o jogo frente a um adversário claramente mais forte é para cumprir calendário. Claro que perdeu… perdeu este jogo antes do apito inicial. E quando equipas, com o objetivo da manutenção, começam a “escolher” jogos para pontuar, acabam o campeonato de calculadora na mão e de corda no pescoço… 

 

 

Se há tradição que se mantém nestas primeiras eliminatórias da Taça, também é esta: a força e a resiliência de quem que com pouco, procura fazer muito. Ganhar a um grande pode ser uma montanha muito grande de escalar, mas se estiver lá o querer, é o suficiente para sair de campo de pé, mesmo que o placard seja desfavorável no final. 

 

 

Poder lutar para ganhar, mas não o querer fazer… isso sim é de pequeno.

 

 

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