Transporte público, mais que um direito!

Ter viatura própria em Paços de Ferreira tornou-se uma necessidade.

Necessidade para andar dentro do concelho, mas imperioso para deslocações para os concelhos limítrofes, mormente para Penafiel.

Penafiel é agora o centro de desvio de grande parte das competências, mas o concelho não estava preparado a nivel de transportes públicos para esse destino.

Precisamos de ir ao hospital, temos de ir a Penafiel, não temos transportes;

Precisamos de ir ao tribunal, Penafiel, não temos transportes;

Precisamos de ir Centro de Emprego, e vão dizer – temos cá em Paços, verdade, temos cá em Paços, mas falta-lhe competências e o remédio é deslocar-se a Penafiel, mas falta transportes;

Agora até o ponto de atendimento da EDP, que até era pequeno, mas resolvia o problema da população, encerrou e também tem de ser em Penafiel, ora lá está mais uma vez problema, transporte.

Os jovens querem ir para a universidade, têm de se deslocar para Penafiel para apanhar o expresso para chegar aos seus destinos.

Paços de Ferreira até é um concelho bem situado, mas está completamente isolado, desprovido de um serviço tão essencial que é uma rede de transportes para servir a sua população.

ASSINE GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA

Dá dó ver de manhã as pessoas que querem “apanhar” o expresso para o Porto, principalmente agora em tempo de aulas, terem de vir de madrugada para duas barraquinhas que têm no centro da cidade, porque infelizmente nem central de camionagem há para os utentes, ali à chuva ou ao frio para conseguirem um lugar sentado, pois se náo forem sentados, chegam a S. Brás e têm de sair e esperar pela carreira normal, o que os fará chegar atrasados aos seus destinos, aulas na maioria dos casos.

De que adianta ter uma cidade mais bonita e não cuidar de qualidade de vida das pessoas?

As Pessoas deveriam estar primeiro, é urgente uma rede rodoviária eficaz para servir a nossa população, pois quando se apela cada vez mais ao uso de transportes públicos, os pacenses são obrigados a ter carro, ou incomodar outras pessoas para se fazerem deslocar para resolverem as suas vidas, já não falando que é obrigatório terem transporte próprio para o ganho do seu sustento.

Celina Pereira