12/11/2023, 0:00 h
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EDITORIAL
Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)
EDITORIAL
Decorre hoje um mês sobre o ataque do Hamas contra o território de Israel, dando início a uma nova fase do confronto entre israelitas e palestinianos, que já leva várias décadas.
Assim, como disse António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas, para irritação de muito boa gente “o ataque do Hamas não acontece no vácuo”.
De facto, assim é.
É certo que este ataque, pelas características que revestiu – acções de violência contra civis – é de repudiar, como é ainda de repudiar por vir a servir de pretexto a acções de retaliação indiscriminada contra a população palestiniana.
Como está a servir.
“Os palestinianos vivem 56 anos de ocupação sufocante. Viram as sua terras sendo lentamente devoradas por ocupadores e afectadas pela violência.” – ainda Antonio Guterres.
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O Estado de Israel nunca respeitou as cerca de 140 resoluções das Nações Unidas relativas aos direitos do povo palestiniano, assume que não aceitará nunca a solução de dois Estados, ocupa militarmente cerca de 90% do território da Palestina e transforma os restantes 10%, com cerca de 40 km de comprimento por 10 km de largura, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas, numa prisão a céu aberto, em que os seus habitantes são desapossados de casas e terras, presos, assassinados.
No seu discurso António Guterres aborda, com grande assertividade, a questão acima levantada do pretexto para acções de retaliação indiscriminada, por parte de Israel, contra a população palestiniana:
“Esses terríveis ataques do Hamas não podem justificar a punição colectiva do povo palestiniano”.
Mas verifica-se esta punição colectiva do povo palestiniano, como, infelizmente, nos é dado a conhecer, diariamente, em imagens de horror e descrições pavorosas.
O Embaixador Francisco Seixas da Costa afirmou, recentemente num canal televisivo: “Gaza: 3.195 crianças mortas em três semanas ultrapassa o número de crianças mortas em zonas de conflito desde 2019”.
O Hamas praticou uma acção terrorista.
O que está a fazer o Exército de Israel?
O que dizem os países da “Europa dos Valores” e os “EEUU da Liberdade”?
(Saia uma rodada de Hipocrisia para a mesa do canto.)
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