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Gazeta Paços de Ferreira

08/06/2023, 0:00 h

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TER PROJECTO DÁ RESULTADO

Desporto Pedro Queirós Comentário Desportivo

COMENTÁRIO DESPORTIVO

Este título vem acabar com o mito do treinador português ser quase um requisito obrigatório para treinar um grande.

 

Não há dúvidas que este Benfica foi um justo campeão. Foi uma época de rutura com o Benfica de Luís Filipe Vieira e voltado para criar e dar condições para um projeto bem definido e capaz de ser vencedor. A equipa faz uma primeira volta quase irrepreensível e acaba por sofrer apenas na parte final do campeonato

Este título vem acabar com o mito do treinador português ser quase um requisito obrigatório para treinar um grande.

 

Roger Schmidt foi contratado para um projeto e para uma forma de jogar - mérito da direção -, e soube tirar o melhor partido das condições que lhe foram dadas. 

 

Chegaram jogadores certos para os lugares certos (Enzo, Neres e faz-tudo como Aursnes à cabeça) e outros foram recuperados e ganharam nova vida na Luz: Florentino, João Mário, algo perdido com Veríssimo, e Gonçalo Ramos, mais médio ou segundo avançado na época passada. 

 

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Este Benfica soube driblar as dificuldades. António Silva foi aposta ainda numa fase inicial da época, quando havia margem para errar, e conseguiu pegar de estaca, afirmar-se e ir ao mundial. Chiquinho ressuscitou com a saída de Enzo Fernandéz e conquistou o seu espaço. Já na fase final da época e com a equipa a atravessar o pior momento da temporada, João Neves veio da equipa B para dar uma vida nova ao meio campo.

 

Esta fase menos boa veio demonstrar que o Benfica não é (ainda) a superequipa que muitos fizerem crer que era.

 

Numa época atípica, com o campeonato do mundo a meio, Roger Schmidt também não soube gerir da melhor maneira o aspeto físico. Dava a entender que o Benfica tinha 14/15 jogadores e a falta de soluções obrigou a um esforço extra que veio a ser pago numa altura em que o Benfica tinha uma vantagem confortável na classificação, mas não se livrou do susto de passar de dez para quatro pontos de vantagem em duas jornadas. 

 

Outro dos aspetos a corrigir pelo treinador é a abordagem aos jogos grandes. No geral, entrou sempre mal e só foi superior no jogo em casa contra o Braga. 

 

Mas o campeonato não são apenas seis jogos e também não se ganha nos jogos entre os candidatos. Este Benfica tem uma base forte e, se o mercado não mostrar o contrário, entra como favorito na próxima época.

 

Pedro Queirós

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