Por
Gazeta Paços de Ferreira

21/02/2022, 0:00 h

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Temos o Futebol que Merecemos

Desporto

Notícias ou divulgações de mais um recital de Fábio Vieira, de uma jogada coletiva fenomenal do Sporting que acaba em golo ou até de um momento de FairPlay dos treinadores são uma gota no oceano de publicações que existem sobre este jogo.

Em Portugal não se gosta de futebol. De futebol jogado. Mas do “espetáculo” do futebol não faltam adeptos.

O futebol do bate boca, da acusação e suspeição é o verdadeiro desporto rei. E todos contribuímos para isso.

Defrontaram-se as duas melhores equipas do campeonato. Provaram-no nos 38 minutos que gostei de ver do jogo.

O FC Porto entrou forte e a pressionar alto. O Sporting conseguiu aguentar e criar perigo ao aproveitar os espaços deixados pelo adversário. Os leões fazem dois golos sem estar por cima do jogo.

O lance do 0-2 merece ser visto e revisto. 42 segundos em que a bola passa pelos onze jogadores leoninos antes de entrar na baliza.

O FC Porto responde bem. Também depois de uma boa jogada coletiva, Fábio Vieira remata colocado e reduz para 1-2.

Terminou o jogo. Não se jogou no que restava da primeira parte devido a constantes paragens.

Pensava que a segunda parte traria um futebol parecido com os 38 minutos da primeira. Nada disso.

A expulsão de Coates, ao minuto 49, condicionou o jogo até final.

O FC Porto massacrou e o Sporting resistiu como pôde. O interesse era perceber de que forma os treinadores tentariam, desde o banco, chegar onde queriam.

Sérgio Conceição arriscou e apostou na largura com a entrada de Galeno, e depois de Pepê e Francisco Conceição.

O Sporting teve de se recompor depois da expulsão e Rúben Amorim deu mais músculo ao fazer entrar João Palhinha. Mais tarde, Neto veio recompor a defesa com três centrais e Slimani entrou para segurar a bola em zonas mais avançadas e procurar criar algum perigo em possíveis situações de bola parada.

Ao FC Porto faltou explorar mais o lado direito do Sporting, porque pelo lado esquerdo encontrou sempre oposição eficaz de Matheus Reis.

Ao Sporting, faltou alguém como Marcus Edwards, capaz de ganhar metros em velocidade para levar a bola para longe da baliza de Adan.

Em termos de futebol e do plano estratégico, foi um jogo agradável dentro daquilo que nos deixaram ver.

Mas o público português não quer isso. Os casos de arbitragem e os confrontos do fim do jogo ainda são comentados e analisados ao pormenor.

Notícias ou divulgações de mais um recital de Fábio Vieira, de uma jogada coletiva fenomenal do Sporting que acaba em golo ou até de um momento de FairPlay dos treinadores são uma gota no oceano de publicações que existem sobre este jogo.

Sobre o árbitro, digo que não esteve à altura das duas melhores equipas do campeonato. Sobre os confrontos e picardias… não fazem parte do meu futebol.

Pedro Queirós

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