22/11/2025, 9:59 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
Então, depois de ter falhado a vitória no jogo de Alvalade e de saber que uma vitória na Irlanda garantia o apuramento direto, o que foi aquilo? A seleção portuguesa chegou a entrar em campo?
Primeiro, a convocatória. Na convocatória da paragem de outubro, a lesão de João Neves abriu espaço para a chamada de Nuno Tavares. Difícil de explicar, mas já passou.
Ao explicar essa mesma convocatória, disse que Francisco Moura e Leonardo Lelo estavam à porta da seleção. Eis que então, na convocatória para a jornada dupla, com Irlanda e Arménia, o nosso selecionador não levou nenhum defesa esquerdo. Para quê, não é ?
Vamos, então, à Irlanda.
Na véspera, Roberto Martinez disse saber o que esperar do adversário, mas conseguiu entrar em campo com uma ideia de jogar por dentro contra uma equipa que defendeu com duas linhas muito próximas, sem dar qualquer espaço para jogo interior.

Trincão, Conceição, Leão… fortes no um para um e capazes de mexer com o jogo, todos no banco. Melhor, só entraram com Portugal em inferioridade numérica, por expulsão infantil de Ronaldo, e a perder 2-0.
Acabamos por vencer a Arménia por expressivos 9-1 e estamos no Mundial.
Em junho, poucos se vão lembrar da derrota na Irlanda, mas os problemas da seleção vão continuar como estão hoje.
Temos um treinador péssimo a gerir balneário, a justificar as opções que toma e, sobretudo, a admitir os seus próprios erros para os corrigir mais à frente. Portugal podia, e devia, ter garantido a qualificação dois jogos mais cedo e ter dado oportunidade a mais jogadores de integrarem o grupo.
Temos uma seleção fechada, com espaço para uma ou duas novidades em cada convocatória.
Um abuso de jogadores no onze que tendem a jogar por dentro e não escondemos, nem corrigimos, que passamos mal quando nos obrigam a jogar junto à linha e a cruzar para a área.
O nosso nível defensivo é péssimo.
Todos vimos uma das melhores gerações belgas não ganhar absolutamente nada e, hoje, estar praticamente esquecida (como grupo).
Foi essa pessoa que quiseram para assumir uma das melhores gerações portuguesas de sempre e é ele que vai liderar o último campeonato do mundo do nosso melhor jogador de todos os tempos.
Veremos se Radja Nainggolan não terá razão, outra vez…
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