Voltar ao Benfica era o melhor, que lhe poderia acontecer. Seria acarinhado, teria minutos e não demoraria até voltar a encantar de bola nos pés.
Pedro Queirós
Sou um apreciador das características de João Félix. Tem futebol suficiente para ser um jogador top mundial.
Só ainda não o é, porque foi obrigado a crescer demasiado rápido… colaram-lhe um rótulo de 120 milhões e mandaram-no para Madrid. Só faltou o autocolante a dizer “Frágil”.
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À sua espera estava um dos melhores clubes da Europa, que joga numa dinâmica, que não beneficia em nada o jogo de Félix. Começou bem, mas a curva foi descendente. O seu percurso é irregular e o saldo final é que o tempo, que esteve em Madrid, foi tempo perdido na carreira.
Em Janeiro, foi emprestado ao Chelsea. Não sei se João Félix tem algum dom de ir para locais que, à partida, trarão dificuldades acrescidas, mas o que é certo é que voltou a acertar. O Chelsea comprou um contentor cheio de jogadores novos e o resultado foi para lá de negativo.
De regresso a Madrid, João Félix conseguiu piorar ainda mais a sua situação: disse abertamente que quer jogar no FC Barcelona.
Não sei se foi ideia dele, do seu empresário ou da equipa que o acompanha, sei é que essa frase o matou.
No Atlético está queimado, no público em geral é visto como um flop a pedinchar trabalho… e ofereceu-se a um clube cheio de problemas financeiros.
O potencial está lá, mas tarda em explodir.
Voltar ao Benfica era o melhor, que lhe poderia acontecer. Seria acarinhado, teria minutos e não demoraria até voltar a encantar de bola nos pés. O Atlético nunca irá recuperar o investimento, mas Félix ainda vai bem a tempo de recuperar a carreira.