Por
Gazeta Paços de Ferreira

27/03/2025, 12:27 h

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Sobre a campanha eleitoral

Destaque Editorial Álvaro Neto

EDITORIAL

Com a queda do Governo da AD, encontramo-nos em mais um período de campanha eleitoral, ainda que não formalizada, com vista à ida às urnas no próximo dia 18 de Maio, para escolha do novo Parlamento, de onde sairá o novo Governo.

 

Esperamos que este período seja aproveitado pelas várias formações políticas concorrentes para discutir os reais problemas que afectam a vida dos portugueses, apresentando as suas propostas de solução.

 

Tememos que formações políticas, com responsabilidades governativas nos últimos anos, enveredem por prometer agora o que recusaram fazer quando eram poder, ou de outras que mascarem as suas propostas, como benéficas, quando, na verdade, se tratam de soluções lesivas para os interesses da larga maioria dos portugueses.

 

Que credibilidade terão todos aqueles que venham criticar os baixos salários, a precariedade no emprego, a saída de jovens para o estrangeiro, quando se recusam alterações à legislação laboral, mesmo em domínios impostos pela “austeridade” da tristemente famosa Troika?

 

Todos os dias somos bombardeados com problemas surgidos nos hospitais, centros de saúde: listas de espera, encerramento de serviços, saídas de médicos, enfermeiros e outros quadros, para o sector privado ou para o estrangeiro, etc, etc.

 

 

 

 

Vêm argumentando os governantes que não há dinheiro para melhores remunerações, mas há dinheiro para pagar cada vez mais serviços ao sector privado.

 

Mas tem havido dinheiro para outras coisas.

 

(Lembram-se dos balúrdios que o governo de António Costa mandou para a Ucrânia e os de Luís Montenegro para despesas militares?) 

 

O SNS merece que lhe seja dedicado uma atenção especial, não só pela sua relevância para a vida das pessoas, mas, porque sendo um negócio muito lucrativo, logo a seguir ao das armas – segundo a caracterização dada por uma alta responsável de um dos mais importantes grupos de saúde privados do país – é um alvo privilegiado do sector privado, que já tem os seus defensores políticos com os “encantadores” argumentos do “direito de escolha” e da irrelevância para os doentes que o serviço lhes seja prestado por um estabelecimento público ou privado.

 

(Cá estamos para participar nos debates)

 

 

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