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Gazeta Paços de Ferreira

08/02/2025, 2:00 h

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SER OU NÃO SER

Opinião Opinião Politica Partido Comunista CRISTIANO RIBEIRO

OPINIÃO POLÍTICA

É ou não é?, programa informativo e de debate na RTP1 apresentado pelo jornalista Carlos Daniel, não tem sido particularmente do meu interesse tanto pela forma como conteúdo. Em pouco tempo, os intervenientes falam e escondem o que não lhes interessa.

Por Cristiano Ribeiro (Médico e Militante do PCP)

 

São os convidados "certinhos" de sempre, o mesmo “pluralismo” limitado de sempre, com a mesma linguagem "virtual" de sempre, vendendo a mesma "retórica" oficial de sempre sobre os problemas versados. Vejo no programa a válvula de escape de uma panela de pressão e só. Nunca há causas e efeitos, responsáveis e políticas erradas. De vez em quando, embora raramente, lá surgem as pequenas “dissonâncias”, as pequenas “infrações” do pensamento oficial que, sendo limitadas, mantêm o construto ideológico que se procura preservar.

 

No outro dia, ao se discutir Saúde, tema do meu maior interesse, antevi o risco de uma mistificação da problemática da Saúde na sua triste realidade atual. Pensei: “vamos lá a ver que banha de cobra nos vão vender, que silêncios e desculpas nos apresentam”.

 

 

 

 

Mas não havendo presença de representantes governamentais deduzi que algo de diferente se podia passar. Alguns convidados não me induziam grande atenção: o ex-ministro do PSD responsável pelos interesses privados do “negócio” da Saúde, o tradicional administrador hospitalar, e um quadro conhecido da hierarquia. Houve contudo hoje "dissonâncias" agradáveis: a ex-ministra Maria Belém Roseira, a jornalista Paula Rebelo...

 

Gostei de ouvir falar criticamente e pela primeira vez do processo de nomeação dos responsáveis do SNS, com o filtro escandaloso de uma CRESAP instrumental. Rompendo com um passado de nomeação de direção de cargos intermediários e de base, após auscultação inter-pares, com escolhas de gente com currículo e experiência, há pouco mais de uma dezena de anos enveredou-se pela “promoção” de políticos, sem relação com o setor. E aí surge uma CRESAP que “recruta e selecciona candidatos” e assim valida “competências”. O proto-candidato não tem conhecimento do setor? Não faz mal! Arranja-se um curso acelerado com diploma…

 

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