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Gazeta Paços de Ferreira

23/02/2024, 0:00 h

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Se queres resolver o teu problema: toca na bola!

Opinião Celina Pereira

OPINIÃO

As recentes manifestações da PSP e GNR, que culminaram na maior de sempre no Porto, com mais de 20 mil polícias nas ruas, expuseram um mal-estar profundo nas forças de segurança portuguesas. A reivindicação principal é a equiparação dos subsídios de risco aos da PJ, mas as razões para o descontentamento são mais abrangentes.

Por Celina Pereira

OPINIÃO

 

 

Durante meses, o governo ignorou as reivindicações dos agentes, como se nada se passasse. As sucessivas concentrações e vigílias não despertaram a atenção do poder político. A situação só mudou quando o descontentamento se infiltrou no futebol, com a ameaça de boicote aos jogos da Liga de Futebol.

 

 

É vergonhoso que a bola seja o que dita a agenda política em Portugal. O futebol, como fenómeno social de grande impacto, tem um poder de mobilização que outras áreas, mesmo que mais essenciais, não conseguem alcançar. As forças de segurança, que garantem a nossa segurança e bem-estar, viram-se obrigadas a recorrer a medidas extremas para serem ouvidas.

 

 

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A postura do governo, de ignorar os problemas até que estes afetem diretamente a esfera do entretenimento popular, é inaceitável. A segurança pública não pode ser relegada para segundo plano, apenas para ser resgatada quando a ameaça paira sobre o desporto-rei.

 

 

É urgente que o governo reconheça a importância das forças de segurança e dê resposta às suas justas reivindicações. A equiparação dos subsídios de risco é apenas uma das várias medidas necessárias para melhorar as condições de trabalho e valorizar estes profissionais.

 

 

É fundamental que o diálogo seja aberto e que se encontrem soluções que dignifiquem a profissão de polícia e garantam a segurança de todos os cidadãos. Não podemos permitir que a bola continue a ditar o ritmo da nossa política. A segurança pública é um assunto demasiado sério para ser tratado com leviandade.

 

 

É tempo de reconhecer o valor das forças de segurança e de lhes dar o respeito e as condições que merecem. A sua luta é a nossa luta, pela segurança de todos.

 

 

A segurança pública é um direito fundamental. O governo tem a obrigação de garantir a segurança do país e de proteger os seus cidadãos. As forças de segurança são um pilar fundamental para a segurança pública, e é por isso que é fundamental que sejam valorizadas e devidamente apoiadas.

 

 

É lamentável ver que só se agiu quando se tocou na bola!

 

 

 

 

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