08/02/2025, 2:00 h
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Desporto Futebol Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
Em Espanha, cumpriu parte do objetivo. Em parceria com Messi e Suarez, formou o trio “MSN” e tocou o céu com a conquista da Liga dos Campeões em 2015. O brasileiro era tudo aquilo que se esperava dele. Um verdadeiro brinca na areia, jogava futebol como quem brinca na rua com os amigos. Fintava com classe, entretinha quem o via. Talvez não tanto como Ronaldinho, que marcou outra geração e outro futebol. Mas Neymar conseguia sobressair numa Era dominada por Messi e Cristiano Ronaldo.
Neymar ambicionava mais. A Bola de Ouro. Ofuscado por Messi em Barcelona, o brasileiro partiu para Paris para ser figura maior de um PSG, que fazia de tudo para vencer a Champions. 222 milhões de euros. O preço não deixava margem para dúvidas: Neymar é o rosto do projeto. Começou por o ser: até iniciou bem o trajeto em França.
Mas havia de “nascer” Mbappé. O menino francês, vindo do Mónaco, também foi, aos poucos, ofuscando o brasileiro. Para piorar… Messi saiu de um Barcelona falido e partiu também para Paris. Nunca mais Neymar foi mesmo.
Viveu fantasmas do passado e champions nunca aterrou em Paris.
A Arábia foi um escape para encher (ainda mais) os bolsos e o adeus ao objetivo de conquistar o mundo. Na Arábia, fez apenas 7 jogos, muito devido a lesões e terminou o seu percurso com Jorge Jesus a afirmar que Neymar “já não pode jogar ao nível a que estamos habituados. As coisas tornaram-se difíceis para ele”.
Um problema que já vem de Paris e no qual Neymar tem muita culpa. Dado a lesões, Neymar não é propriamente conhecido por se proteger e se cuidar na vida extra futebol, até porque são públicos vários episódios de festa, vida noturna e presença assídua no carnaval brasileiro.
Ir para o Santos, por muito que se ache romântico, não é mais do que a única opção de carreira que tem. Porque à porta dos 33 anos, Neymar ainda seria uma opção bastante válida em grandes clubes da Europa, se não tivesse desistido da carreira, quando percebeu que não superaria Messi e Ronaldo na luta pelo galardão de melhor jogador do mundo.
O Brasil recupera um ídolo, o, provavelmente, melhor “não Bola de Ouro” que o mundo viu jogar no seu auge.
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