24/01/2023, 0:00 h
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Editorial
A actual greve dos professores assume o esgotamento da paciência de uma classe profissional, que não vê compreendido o seu papel de eixo fundamental para uma escola pública de qualidade, vendo serem - lhe negadas condições elementares para o desempenho das sua nobres funções.
Assim, pretendem os professores inverter um ciclo de degradação profissional, que, desde a primeira década do século XXI, tem vindo a afectar a sua vida..
Os professores sentem-se como uma classe maltratada ao longo destes últimos anos e pretendem o reconhecimento pela especificidade da suas funções.
Uma classe, que é responsável pela “geração mais qualificada de sempre”, não pode ser tratada como tamanho desprezo e insensibilidade pelos governantes desta país
Recorde-se que, há cerca de sete anos, foi o próprio Primeiro Ministro António Costa a reconhecer que a precaridade existente na classe docente era inaceitável.
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Mas o certo é que a precariedade ainda é, no presente, uma das razões de queixa dos professores, como são a mobilidade dos docentes; a recuperação do tempo de serviço congelado (seis anos, seis meses e 23 dias), que tem vindo a impedir a progressão na carreira); vagas de acesso a dois escalões; carreiras; salários mais competitivos; condições de horário de trabalho, mobilidade por doença; aposentação.
Como se proclamou, de forma impressiva, numa manifestação realizada, recentemente, em Lisboa: “Quem ensina a dar asas não pode rastejar”
Rastejar é o que os professores recusam: de pé, lutando pela sua dignidade profissional, por uma escola pública de qualidade, exigindo a criação das condições profissionais que lhes permitam manter e aprofundar essa dignidade.
E assim, os professores exigem que o governo, que se mostra tão “respeitoso” pelas exigências do “superavit orçamental, seja, com um mínimo de humildade política, sensível a uma outra consigna de um seu “parente” - Jorge Sampaio – que, há anos, reconhecia “também haver Vida para além do Orçamento”.
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