Quatro notas ao correr da pena

OPINIÃO POLÍTICA

Em 2023, a região do mundo com o mais baixo crescimento do PIB foi a zona Euro (menos de 1%). Terá sido culpa do Putin? Dinamarca, Estônia, Finlândia, Irlanda, Luxemburgo, Alemanha estiveram em recessão , com crescimentos negativos em dois trimestres consecutivos. Culpa do Putin? . O mesmo aconteceu com Japão, Moldávia, Peru e Reino Unido.. Os Estados Unidos cresceram 2,5%, a RP China 5,7%, a Rússia 3,6%, o Brasil 2,9% e a Índia 7,6%. Alguns dirão que o PIB não é um indicador totalmente credível da evolução económica dos países. Mas é o que temos...

A Amnistia Internacional tem uma nova campanha pela libertação de uma iraniana presa. Acho justo. Pena o silêncio cúmplice e unilateral perante a prisão de Julian Assange, a morte em prisão ucraniana de Gonzalo Lira e o genocídio em massa em Gaza. Mas manda quem pode ou quem financia.

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O eleitor norte-americano, em quase total exclusividade, tem este ano a suprema possibilidade de optar entre um candidato gagá e um candidato comediante de feira. A escolha é dramática. A democracia nos States qualifica-se na possibilidade de escolha para Presidente entre um Biden, com seu atual e caricatural desempenho, e um Trump, com histórico de golpismo e populismo. A velha ordem internacional, vinda do outro lado do Atlântico, tem assim um pilar carunchento. E do outro lado, em conflito geral com a velha ordem internacional, temos um Putin, pletórico de energia e poder e Xi, o Presidente chinês, um tratado de sabedoria e domínio da geopolítica. A assimetria é descomunal, como se comprovará...

Por vezes na dinâmica da luta das ideias sinto que não havendo interlocutores sérios ou interessados o esforço é o de simplesmente usar inutilmente argumentos. O escrever na água corrente. Mas logo reparo que em alternativa o silêncio monopoliza o espaço dos imbecis. Falar da atual avaliação de desempenho dos profissionais de saúde, por exemplo, não é popular. Como falar do valor das pensões dos reformados ou da exponencial crise na saúde mental dos portugueses. Ou de muitos outros temas, polémicos ou definidores. Fiquemos pela retórica do vago e do comum. Em segurança.