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Gazeta Paços de Ferreira

19/03/2022, 0:00 h

426

Psicologia na Sétima Arte – “o escafandro e a borboleta”

Cultura

Escolhemos este filme, porque apesar de ser um filme de 2007, é tão real nos dias que correm, onde todos vivemos num sobressalto, associado ao medo, à imprevisibilidade do “amanhã”, ao temer começar tudo de novo.

 

Baseado numa história verídica, aos 43 anos de idade o editor da revista ELLE, Jean Dominique Bauby tem um derrame cerebral, ficando paralisado completamente à exceção do olho esquerdo, que usa como sua única via de comunicação - através do piscar de olho.

Habituado a viver a vida de forma intensa, vê-se obrigado a recomeçar todo um processo de aprendizagem na sua comunicação e acima de tudo, a valorizar o tanto que ainda tem, ora em modo escafandro, ora em modo borboleta.

Este é um filme lançado em Portugal em 2007, do diretor Julian Schnabel, obteve vários prémios pela sua intensa mensagem: Aproveitar o presente, aproveitar os presentes!

Escolhemos este filme, porque apesar de ser um filme de 2007, é tão real nos dias que correm, onde todos vivemos num sobressalto, associado ao medo, à imprevisibilidade do “amanhã”, ao temer começar tudo de novo – tal como as famílias que vemos na Ucrânia, tal como tantos de nós que temos um familiar que por força do stress do dia-a-dia, do estar em constante movimento, se depara com uma emergência do cérebro e do corpo: ABRANDA!

Estar em movimento não significa necessariamente estar a progredir e este filme espelha-nos exatamente para essa realidade: o tanto que me movimento leva-me para onde quero? Leva-me para o meu equilíbrio físico e emocional? Leva-me a apreciar a família que escolhi construir? O tanto que dedico a esse movimento, justifica o tanto que perco por não saber abrandar?

Estas são algumas reflexões que fazemos ao assistir a este intenso filme, sendo que o escafandro representa aquele momento em que nos queremos “escapar” para um lugar calmo, um lugar onde mal ouvimos o que se passa no exterior. Já a borboleta representa, metaforicamente, o quanto até nas limitações, o quanto até nos processos de adaptação às mudanças nos podemos fazer voar, sentir livres, apreciar a serenidade e agradecer por “mais um dia”!

Caso para vos desejar: Permita-se a Parar, para contemplar!

 

SAUDAÇÕES cinéfilas,

Ana Isabel Silva

Ocupar Espaço Cultural 

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