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Gazeta Paços de Ferreira

27/11/2021, 0:00 h

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Psicologia na Sétima ARTE

Cultura

No passado mês de Outubro o filme “Sombra” de Bruno Gascon saiu para a grande tela (cinema). Um filme inspirado no tão mediático e conhecido caso do desaparecimento de Rui Pedro.

Porque as artes e a ciência andam sempre de mãos dadas, o desafio foi lançado: relacionar a Psicologia e o Cinema. Não hesitamos em relacionar um filme recente com um dos maiores desafios da Psicologia: o Luto. Assim surge uma reflexão sobre o outro lado da “Sombra” .

No passado mês de Outubro o filme “Sombra” de Bruno Gascon saiu para a grande tela (cinema). Um filme inspirado no tão mediático e conhecido caso do desaparecimento de Rui Pedro.

Neste filme assistimos a uma reflexão sobre a dor, o vazio eterno do luto que fica, quando uma criança desaparece, quando a dúvida permanece e quando, mesmo assim, a esperança persiste.

A “Sombra” é de facto o que fica.

Olhando para as fases do Luto: Negação, Raiva, Negociação, Depressão e Aceitação, percebe-se que esta “Sombra” condiciona todas estas fases, nomeadamente a mais necessária: a aceitação. O desaparecimento conduz-nos a uma perda tão ou mais sentida, tão ou menos compreendida, um vazio tão ou mais intenso.

Quando uma criança desaparece, não é apenas um desaparecimento, é uma família que muda para sempre, uma sociedade que se questiona e um medo que se nos faz questionar: “E se fosse connosco?”

Naturalmente, temos uma grande resistência no “saber perder”, no “deixar ir” e vivemos carregados de Sombras. Não obstante, considere-se que “A sombra” só existe quando existe a Luz.

É um filme que muitos se recusam a ver, dada a intensidade, dado o medo que instala em quem assiste, só de imaginar a angústia do desaparecimento de alguém que amamos.

Por outro lado, faz-nos refletir e impulsionar a sermos mais inteiros e intensos e amar as “nossas pessoas” todos os dias, com a plena consciência que todos os nossos presentes, são isso mesmo: um presente na nossa vida!

O Espaço Ocupar deixa-vos assim o convite a assistir a esta “sombra” que tanto nos faz refletir sobre o que somos, sobre o que nas nossas distrações deixamos escapar, mas acima de tudo: Que a nossa “Sombra” seja sempre a da Luz que se faz refletir em cada um de nós.

Ana Isabel Silva - Espaço Ocupar

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