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Gazeta Paços de Ferreira

25/10/2025, 0:00 h

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Porque a voz do povo merece ser ouvida

Opinião Opinião Politica Partido Socialista

OPINIÃO POLÍTICA

No passado dia 12 de outubro de 2025, as mulheres e os homens de Paços de Ferreira exerceram o mais nobre dos seus direitos: o exercício do voto livre e consciente.

Por Sílvia Azevedo (Presidente MS-ID Paços de Ferreira)

 

O povo decidiu e decidiu pela continuidade de um projeto, elegendo o Partido Socialista para liderar a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal. Foi um voto de confiança, mas também um apelo ao compromisso e à responsabilidade. Nos próximos dias, discutir-se-á quem deverá liderar a Assembleia Municipal (AM). Pode parecer confuso, por isso vale a pena esclarecer: a AM é composta por membros eleitos diretamente (nas listas partidárias) e pelos presidentes de Junta de Freguesia, que integram o órgão por inerência do cargo. São, muitas vezes, os presidentes de junta que podem desestabilizar a maioria, mesmo quando outro partido obteve mais votos, como acontece agora em Paços de Ferreira. No nosso concelho, o PS venceu em número de votos, mas o PSD conquistou mais juntas de freguesia. Isso significa que, na votação interna para a Mesa da AM, alguns presidentes de junta da oposição podem alinhar-se com o seu partido (PSD), permitindo que este forme uma maioria de conveniência e assuma a presidência da Assembleia Municipal, mesmo sem ter vencido as eleições.

 

 

 

 

Ora, este cenário é legal e legítimo, porque a eleição da Mesa da AM é independente do resultado da Câmara Municipal. No entanto, e na minha humilde opinião, levanta questões políticas e éticas, sobretudo quando contraria a vontade expressa do eleitorado, que neste caso escolheu Miguel Costa, do Partido Socialista, como rosto de continuidade e liderança. E aqui impõe-se as seguintes perguntas: Será a Assembleia Municipal um palco de lutas partidárias ou um espaço de respeito pela voz dos eleitores? Ouvir-se-á a voz dos cidadãos de Paços de Ferreira, ou apenas a dos interesses internos dos partidos da oposição?

 

Os presidentes de junta, eleitos com a confiança direta das suas comunidades, têm agora uma responsabilidade acrescida, a de colocar o interesse das pessoas acima das bandeiras partidárias. O mandato que receberam é um contrato com os seus cidadãos, não com as estruturas partidárias. A liberdade constrói-se com atitudes, com coerência e com respeito por quem nos elegeu.
 

É tempo de governar com responsabilidade, de ouvir e agir com sentido de comunidade.

 

O mandato dura quatro anos. Mas o compromisso com o povo, esse, tem de ser renovado todos os dias. O povo votou num projeto de continuidade. Votou para ser escutado, para participar e para ver a sua vontade respeitada. Será justo ignorá-lo?

 

 

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