Por um desporto universal

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OPINIÃO POLÍTICA

Analisando a realidade do nosso concelho vemos que este apoio tem escasseado por parte do atual executivo camarário, em funções desde 2013. Os apoios dados aos clubes e associações resumem-se à construção de alguns sintéticos no concelho e nada mais.

Bruno Ribeiro

Longe vão os tempos em que o desporto e a prática desportiva estavam reservados para os homens e, de entre estes, para os mais capazes.

Hoje olhamos para o deporto de vários prismas. Se por um lado continua a ser competição, por outro tem também uma função social, de educação e de saúde, ou seja, a prática desportiva é hoje mais eclética, inclusiva e universal.

Mesmo o deporto de competição é, hoje, olhado de uma forma muito mais inclusiva, existindo competição feminina, masculina e adaptada.

As associações e clubes desportivos têm um papel fulcral naquilo que é a universalidade e a inclusão do desporto, substituindo-se ao Estado neste papel e diga-se, fazendo-o, de forma melhor e mais efetiva.

Contudo, para conseguirem os seus objetivos e manter as suas atividades, é fundamental que as associações e clubes sejam apoiados. Este apoio tem de se traduzir não só numa parte económica, mas também numa vertente técnica e de recursos humanos.

Analisando a realidade do nosso concelho vemos que este apoio tem escasseado por parte do atual executivo camarário, em funções desde 2013.

Os apoios dados aos clubes e associações resumem-se à construção de alguns sintéticos no concelho e nada mais.

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Não é conhecida qualquer medida, apoio, programa, decisão ou mesmo preocupação com a política desportiva no nosso concelho.

Não há uma verdadeira política desportiva inclusiva, nem em género, nem social, económica ou de desporto adaptado.

As nossas associações e clubes estão entregues à sua sorte e méritos, tendo que, às suas custas e numa preocupação social que lhes está intrínseca, encontrar formas e meios de serem o mais ecléticos e inclusivos possível.

Fruto desta falta de apoios e políticas vemos os clubes e associações a limitar cada vez mais as suas ofertas desportivas e algumas modalidades a terem de se limitar a algum gênero ou vertente.

Urge implementar no nosso concelho uma verdadeira política desportiva, uma que seja inclusiva e universal, e que seja pensada fora dos gabinetes do edifício da Câmara Municipal e em conjunto com as nossas associações e clubes!

Bruno Ribeiro, membro da Comissão Politica de Paços de Ferreira do PSD