Planeamento de obras precisa-se!

As obras em curso na Rua da Ponte nova têm gerado crescente descontentamento entre os residentes e utilizadores da via. A lentidão do progresso, marcada por interrupções e avanços intermitentes, levanta questões sobre a eficácia da gestão do projeto e a falta de consideração pelo impacto na vida da comunidade.

Uma das principais críticas reside na decisão de manter o trânsito aberto durante a maior parte do período de obras. A estratégia, aparentemente concebida para minimizar o transtorno, tem-se revelado ineficaz e prejudicial na medida em que se formam filas de transito na entrada da Rotunda, complicando o transito quer da rua das obras quer o da estrada nacional. A abertura parcial da via, conjugada com a realização de trabalhos faseados, tem prolongado o tempo de execução da obra e consequentemente aumentado os constrangimentos.

Penso que em alternativa, se tivessem procedido ao encerramento total da rua durante um período definido, seria uma solução mais eficiente e segura. Apesar do receio inicial de um aumento do transtorno, a análise da situação revela o contrário. A curta extensão da via e a proximidade de alternativas viáveis minimizariam o impacto do encerramento. Além disso, a concentração dos trabalhos num período mais curto aceleraria a conclusão do projeto, reduzindo o tempo total de perturbação.

A falta de visão de causa e efeito por parte dos responsáveis é evidente. A priorização de um suposto "menor transtorno" imediato tem resultado num prolongamento do sofrimento da comunidade. A incapacidade de antecipar as consequências das decisões tomadas revela uma falta de planeamento e de consideração pelo bem-estar dos cidadãos.

Penso que as obras nesta rua sirvam de exemplo. A adoção de medidas mais eficientes, como o encerramento temporário da via, seria fundamental para garantir a conclusão mais rápida e segura do projeto. 

As obras são necessárias e sabemos que o progresso passa pelos inevitáveis transtornos, todavia, há os necessários e os evitáveis.

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