25/11/2021, 0:00 h
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Após ver tanta indignação a propósito do aumento de 40 euros no salário mínimo, permiti-me fazer um exercício simples comparativo na ótica de quem paga e de quem recebe.
Os mesmos 40 euros na ótica de quem paga, com impostos efetivamente passam a 49,50, no entanto para quem os recebe passa a ser 35,60.
Os 49,50, não irão nunca ser suportados pela empresa, porque vai aumentar o preço de bens ou serviços que por sua vez serão imputados ao consumidor.
Quanto aos 35,60 vão servir para consumir, por isso irão voltar à fonte.
“Ah mas este aumento é muito grande”, dizem alguns. Esquecem-se que afinal, vai ser uma ajuda para fazer face a todas as despesas, porque os preços não aumentam somente para quem tem ordenado, mas também para a grande maioria que é para quem recebe salário.
E reparem, como pode uma pessoa ter uma vida digna quando tem que, com este valor, pagar renda, luz, água, telefone, transporte, vestir, comer, a escola dos filhos….
Aqueles que dizem que é impensável pagar este salário eu gostaria de vos propor um desafio, imaginem que um mês, um mês só, teriam que viver com este valor.
Será que iriam compreender este valor para quem esta habituado a viver com pouco? Acho que não. Nenhum aceitaria, sabem porquê? Porque este valor não vos chega para pagar uma ida ao restaurante ou ao cabeleireiro.
Ensinaram-me sempre que temos que nos coser com as linhas que temos, e que temos que adaptar a vida ao nosso salário/ordenado e não o contrário, e quem está habituado ao muito não consegue sequer imaginar-se a viver de migalhas.
Mas dão-se ao luxo de pensar que o salário é justo e que este aumento é enorme.
Para os indignados eu digo ainda, os operários dependem do salário que lhes pagam, é verdade, precisam do emprego para sobreviver, mas lembrem-se de uma coisa, vocês também precisam de cada um deles, e que cada um desempenhe o seu trabalho com toda a dedicação e profissionalismo, porque todo o trabalho precisa de motivação, seja do operário, seja do CEO.
Se pensa que paga muito pelo trabalho do outro, experimente fazer você mesmo.
Celina Pereira, Membro da CP Concelhia de Paços de Ferreira do Partido Socialista
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