Por
Gazeta Paços de Ferreira

22/06/2023, 0:00 h

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Os órgãos de comunicação e o comércio local

Destaque Editorial

EDITORIAL

Álvaro Neto

Os órgãos de comunicação social regional e local passam atualmente por uma fase de graves dificuldades económicas e financeiras , que colocam em risco a sua subsistência.


Estas dificuldades derivam, como todas as das restantes atividades económicas, da elevação de custos de produção, nomeadamente papel, causada pela inflação, na sequência das sanções aplicadas no âmbito da guerra na Ucrânia, mas têm também natureza específica: diminuição de receitas publicitárias e das assinaturas, e a “concorrência” das redes sociais, que muitos cidadãos consideram, erradamente como se verá em devido tempo, que podem substituir os órgãos de comunicação social, que fazem jornalismo, que produzem informação.

 

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No nosso concelho, a escassez das receitas publicitárias é notória, afetando os vários órgãos de comunicação social aqui existentes.


Há uma certa “lógica” para que tal aconteça.

Na verdade, os setores económicos dominantes no concelho - as indústrias do mobiliário e do têxtil - como vivem essencialmente das exportações, não têm grande interesse em publicitar localmente os seus produtos.


Acresce, por outro lado, que as empresas com vasta clientela local - grandes unidades comerciais de distribuição, que, paulatinamente, se vão encarregando de dizimar o pequeno comércio local - privilegiam os órgãos de comunicação de carácter nacional para aí colocarem a sua publicidade, ou então, utilizam a distribuição, porta a porta.

 

 

 

 

Por seu turno, as pequenas empresas do comércio local (com honrosas excepções) têm mostrado uma estranha insensibilidade a esta questão, não recorrendo, o que seria normal, aos órgãos de comunicação local, para neles publicitar os seus produtos ou negócios, esperando pelo apoio público municipal para os dinamizar.

 

No entanto, cremos que existe uma linha de interesses comuns entre os órgãos de comunicação social local e as unidades de comércio e de serviços locais, que pode e deve ser explorada.

 

 

 

 

Esta linha já foi iniciada com as campanas promovidas pelo Município e pela Associação Empresarial de apoio ao comércio local, em que os órgãos de comunicação local também participaram.

 

Não será o tempo de ambos os sectores se unirem em proveito recíproco?

 

 

 

 

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