30/12/2023, 0:00 h
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OPINIÃO
Por Celina Pereira
OPINIÃO
Há mais de seis meses que as obras na rotunda em frente à Câmara Municipal têm transformado a cidade de Paços de Ferreira num verdadeiro labirinto. O que inicialmente foi encarado como um esforço para melhorar as infraestruturas da cidade, agora revela-se como um transtorno constante na vida dos munícipes, especialmente devido aos desvios de trânsito que se tornaram inevitáveis.
O congestionamento e os desvios têm sido o pavor diário nas estradas circundantes à rotunda. O que deveria ser uma melhoria para a cidade tornou-se uma frustração para os condutores e habitantes. A prolongada duração das obras, sem dúvida, está a testar a paciência das pessoas, que dão voltas e voltas para chegar onde o fariam rapidamente se tudo estivesse a funcionar.
Por outro lado, recentemente, surgiram rumores de que a rotunda será fechada ao trânsito automóvel nos fins de semana. Essa decisão, se vier a concretizar-se, parece-me completamente descabida. Fechar uma via ao trânsito deve ser uma medida que justifique o seu impacto social e económico. No entanto, no caso da rotunda em questão, tal restrição não me parece ter justificação relevante, digo eu ….
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Se a intenção é criar áreas de lazer ou promover o convívio nos fins de semana, há outras opções mais lógicas e benéficas para a cidade. A meu ver a Avenida D. José de Lencastre, por exemplo, tem lojas de comércio e serviços, por conseguinte, seria uma escolha mais sensata para restrições de trânsito aos fins de semana, aí sim dinamizaria uma área central da cidade que já possui infraestrutura adequada para receber eventos e atividades sociais e parece-me ser a melhor rua que menos faz falta a circulação de viaturas.
A verdade é que as pessoas merecem melhor. As pessoas de Paços de Ferreira merecem ter as suas necessidades e conveniências consideradas durante o processo de desenvolvimento urbano. As obras podem ser uma necessidade, mas a gestão eficiente do tempo e os recursos é essencial para minimizar o impacto negativo na vida dos cidadãos.
Em última análise, é fundamental que os responsáveis pela obra considerem o bem-estar da população como uma prioridade. O progresso urbano não deve vir às custas do conforto e da qualidade de vida dos munícipes. As expectativas das pessoas devem ser geridas de maneira transparente, e as decisões tomadas devem refletir um equilíbrio sensato entre o desenvolvimento da cidade e o respeito pelas necessidades dos seus moradores.
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