20/01/2022, 0:00 h
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Nesta data em que escrevemos este texto estamos a pouco menos de duas semanas das eleições legislativas. É já tempo de campanha eleitoral e discutem-se argumentos, relembram-se “pecados” do passado, utilizam-se argumentos do presente e projetam-se planos e promessas para o futuro. No entanto existe algo que está “adormecido”, mas que efectivamente pode ser uma das coisas mais importantes nestas eleições (como tem sido nos últimos dois anos) chamada pandemia. Mais propriamente a questão relacionada com a possibilidade ou não das pessoas infectadas ou em isolamento profilático, irem votar presencialmente. Ninguém pensou nisso antes e agora falam de várias soluções para este problema e nenhum partido se entende verdadeiramente. Existe, no entanto, uma coisa em que todos estão de acordo (reforço a palavra “todos”) que é o facto das pessoas infectadas/isolamento terem direito a votar.
Normalmente todas as pessoas estariam de acordo com este princípio, não fosse o facto de que quem não está infectado/isolado ter de partilhar mesas de voto e locais com as pessoas infectadas. Quando nos obrigam a ficar confinados em casa por causa do Covid, é uma questão de saúde publica. Quando não nos deixam ir trabalhar por causa do Covid, é uma questão de saúde publica. Quando não deixam os filhos visitar os Pais em lares ou hospitais, é uma questão de saúde publica. Quando não pudemos ir a eventos desportivos, às compras ou outra qualquer coisa banal do dia a dia, é uma questão de saúde publica. Quando não deixam determinadas áreas de comercio e divertimento abrirem as portas, é uma questão de saúde publica. Curiosamente quando se trata de eleições, a saúde publica deixa de ser importante. Porque será? Será que pelo facto de as pessoas saírem infectadas para votar, o vírus não se transmite? Pensamos estar na altura de as pessoas “abrirem os olhos” e perceberem que para os políticos (todos!) a única coisa que importa é serem eleitos e isso só acontece se as pessoas forem votar.
Estas eleições poderão ser a última prova da hipocrisia existente na classe política que nem numa pandemia com estas proporções, deixa de olhar somente para o seu umbigo!
Oscar Leal (Vice-presidente do CDS de PF).
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