O “SOCIALISMO” DELES

OPINIÃO POLÍTICA

É um escândalo. É verdadeiramente O ESCÂNDALO.

A Banca, quer a pública (CGD) quer a privada, tiveram aumentos de lucros em 2023 de 72,5%. São cerca de 12 milhões de euros DIÁRIOS! Perguntaria aos economistas deste país, aos comentadeiros da política e da economia, aos ilustres professores universitários, a que se deve tão exorbitantes lucros. Com a economia a crescer uns 1 a 2% ao ano, como justificar tais resultados? Com a situação internacional e a guerra que quase tudo “justificam”, como justificar tais lucros?

Não sendo o sacrossanto mercado o autor do milagre económico bancário como assim se demonstra, só o laxismo das entidades reguladoras, como o Banco de Portugal, e as políticas financeiras e fiscais, nacionais e comunitárias, o determinam. Propostas para eliminar taxas e comissões bancária, aumentar o IRC ou fazer comparticipar a Banca, nomeadamente a banca pública, na solução do problema grave da habitação, foram ignoradas ou derrotadas em sede parlamentar. A reavaliação do papel da CGD, das suas agências e trabalhadores, no contexto do envelhecimento e desertificação de grandes espaços do território nacional, foi desprezada. E chegamos aqui.

O governo em funções, dito jocosamente “o mais à esquerda de sempre”, permite ou patrocina tal cenário, esta transferência colossal de dinheiro dos depositantes e dos utilizadores dos créditos bancários para os acionistas e para o próprio Estado, dados os dividendos arrecadados, Quando milhões de portugueses sofrem com as prestações da habitação, com o custo da habitação e do aumento dos preços dos bens essenciais, há uns senhoritos, uns agiotas, no alto dos salões dos conselhos de administração dos bancos e dos corredores do poder executivo, que se lambuzam com os euros assim roubados.

O “socialista” Medina é o Robin dos Bosques ao contrário, o que tira aos pobres para dar aos ricos, tira a muitos para dar a poucos. Que rico “socialismo”:..

Quando a Banca, fruto de crimes cometidos pelos seus proprietários, se tornou uma bomba–relógio pronta a explodir, o Estado e todos nós nos sacrificamos, assumindo responsabilidades alheias e prejuízos alheios. Hoje a reciprocidade não funciona, permanecendo a população sem políticas de salvaguarda dos seus interesses essenciais.

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E porquê, perguntarão os mais distraídos? Porque o Capital é uma vaca sagrada para os ideólogos do sistema. E ai de quem lhe quiser fazer frente! O poder económico das grandes corporações financeiras, da construção, do turismo e do grande comércio sobrepôs-se há muito ao poder politico. Manda quem pode…é lema dominante.

E politicamente esse Capital ontem estava com o PS ou o PSD, como hoje já está com a IL ou a extrema-direita. Há sempre partidos ao seu serviço, amanuenses prontos a esconder os negócios mais sórdidos.

E mesmo lágrimas de crocodilo agora surgidas de certos sectores, sobre este escândalo, não se desviarão do óbvio: o frete, a comunhão de interesses, a submissão.

Quantos serviços públicos essenciais (Saúde, Educação, Segurança Social, Património…) poderiam ser reativados com parte dos 12 milhões de euros DIÁRIOS?