12/02/2022, 0:00 h
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Este mês de janeiro, com o normal mercado de transferências de inverno, expôs por completo o projeto dos três candidatos ao título. É o planeamento que permite definir os objetivos da época, daí a importância desse trabalho diretivo.
Sérgio Conceição disse que “quando existe pouco planeamento ou não o há temos de rever os objetivos”. Estas declarações foram feitas depois da vitória do FC Porto frente ao Marítimo, no primeiro jogo após a saída de Luís Díaz.
E podemos começar por aqui.
O FC Porto tem nove pontos de vantagem sobre o Sporting (com mais um jogo disputado) e viu o seu melhor jogador, que era também o melhor do campeonato, sair a preço de saldo. O treinador não gostou, os adeptos também não.
A saída do colombiano por 45 milhões de euros, que podem chegar a 60 milhões, mediante o cumprimento de certos objetivos, demonstra que as finanças do FC Porto estão pior do que qualquer pessoa imaginava.
Não ter a capacidade de segurar a maior figura da equipa até final da época compromete os objetivos da equipa. Até porque o tempo é demasiado escasso para que chegue uma alternativa viável e que tenha sido devidamente avaliada.
A gestão do FC Porto já há muito que roça o danoso.
O Benfica não tem projeto. É um clube à deriva. Nelson Veríssimo ainda não tinha chegado à equipa principal e já se sabia que não seria o treinador da próxima época. Então não se percebe o porquê de não se ter contratado um treinador que prepare já a próxima época e que tenha tempo para decidir o que é melhor para o futuro da equipa dentro de campo.
Nelson Veríssimo não é culpado, longe disso. Assumiu um plantel desequilibrado, tem nas laterais o grande problema (a jogar com uma defesa a quatro, não tem uma opção que dê garantias a defender do lado direito) e a direção nada fez para resolver estes problemas.
O Sporting continua fiel aos princípios que assumiu desde a chegada de Rúben Amorim. As idas ao mercado são cirúrgicas. Os alvos estão definidos e são para atacar. Caso não seja possível, não se contrata só por contratar. Continua a faltar um ponta de lança e um central, mas o Sporting ganha muito com a disponibilidade dos jogadores em assumirem papéis que não são os seus de origem.
No plantel do Sporting todos contam, todos são opção e isso ajuda muito na parte mental e na união do grupo. Ficarei muito surpreendido se a luta pelo título for a três. FC Porto e Sporting têm jogo marcado para dia 11, mas não acredito que esse jogo decida algo. Temos campeonato até maio, com muito dedo das estruturas…
Pedro Queirós
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