09/03/2024, 0:00 h
1117
OPINIÃO
Por Ricardo Jorge Neto
OPINIÃO
Toda aquela loucura, desprovida de humanidade, tinha como origem um medo! O medo individual de ficar sem este bem primário de higienização pessoal!
Era a irracionalidade a funcionar, e o absurdo humano a gerar um comportamento orquestrado, germinando bons resultados! Tão bons, que fazem desta prática, um recurso habitual para quem pretende atingir fins por meios inaceitáveis!
Prova disso é o crescimento das políticas assente no medo!
Com arraial assente nas redes sociais, os populistas criaram máquinas de fabrico industrial de medo, espalhando o pânico e ódio.
Desde os imigrantes que aterram aos milhões, alimentando teorias de substituição, de islamização e de outras fantasias acabadas em ‘-ão’ .
Às casas de banho mistas nas escolas, partilhadas por criminosos e alunos, obrigados a frequentar aulas de cidadania, onde existe o desplante de se ensinar o respeito e a inclusão do próximo… um horror, nem Nabokov iria tão longe!
Com todo este cenário apocalíptico, os menos atentos, desatam a ‘comprar’ papel higiénico, para limpar Portugal apressadamente!
E assim o sucesso, de quem arquitecta o medo, fica garantido, ganhando o respeito dos financiadores…
Estas correntes de medo de tudo infundado, faz-me recordar a estória do rato, que por ter medo do gato, raramente saía da sua toca e viva sempre em sobressalto.
Certo dia, um mágico, ao ver a sua angústia, transformou-o em gato. Mas ele passou a viver amedrontado com o cão, e a sua dor continuava.
ASSINE A GAZETA DE PAÇOS DE FERREIRA
Perante isto, o mago transformou-o num vistoso leão, e pensou que o problema ficaria resolvido… Contudo, agora na pele dum leão, passou a viver agoniado com medo dos caçadores!
Foi então que o mago percebeu, que nada do que ele fizesse, o iria ajudar, porque ele teria sempre a coragem dum rato!
O verdadeiro medo é algo muito sério, e Portugal sabe o que é o verdadeiro medo!
O medo de falar, o medo de escrever, o medo de ser, e até o medo de pensar… sim, este medo existiu! Durante 48 anos, os portugueses vivenciaram o verdadeiro medo, e muitos com a coragem dum leão, sucumbiram mesmo assim!
Mas felizmente, a coragem conjunta das mulheres e dos homens de Abril, derrubaram esse medo, e levantaram a bandeira da liberdade, onde todos são aceites sem medos!
Hoje vivemos tempos, sedentos de coragem, para lutarmos pela dignidade na habitação, na educação, na saúde, e no trabalho!
Tenhamos coragem, e lembrem-se que, tanto o 25 de Abril como o papel higiénico, surgiram para limpar coisas fétidas, que não queremos de volta!
Opinião
17/08/2025
Opinião
13/08/2025
Opinião
11/08/2025
Opinião
10/08/2025