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Gazeta Paços de Ferreira

01/03/2025, 12:42 h

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O lugar da mulher? Onde ela quiser! - Dia 8 de Março

Opinião Opinião Politica Partido Socialista

OPINIÃO POLÍTICA

As Mulheres Socialistas decidiram apresentar ao Partido Socialista uma RECOMENDAÇÃO, que contém um conjunto de medidas potenciadoras da participação das mulheres nas próximas Eleições Autárquicas.

Por Sílvia Azevedo (Presidente MS-ID Paços de Ferreira)

 

A luta pela igualdade de género é um tema, que, felizmente, tem vindo a ganhar destaque nos últimos anos, sendo a presença das mulheres, em cargos de liderança profissional e políticos, um dos pontos centrais de discussão. Infelizmente, a segregação das mulheres nestes dois âmbitos ainda é uma realidade e Portugal não é exceção.

 

Nos cargos de liderança profissional, a presença feminina ainda é reduzida e desigual em comparação com os homens. Apesar dos esforços e das políticas de diversidade, implementadas por várias empresas, as mulheres continuam a enfrentar barreiras sistémicas e culturais, que dificultam a sua ascensão a cargos de topo.

 

A falta de representatividade feminina em áreas como a gestão executiva, partidos políticos, conselhos de administração e direções de empresas é um reflexo da persistente discriminação de género, que obstaculiza o avanço das mulheres no mercado de trabalho.

 

Apesar da implementação de quotas de género, a representação das mulheres, nos órgãos de decisão e liderança dos partidos, ainda é desproporcional. Muitas vezes, as mulheres são relegadas para posições secundárias ou mesmo simbólicas, sem poder real de influência nas decisões políticas.

 

Esta segregação reflete-se não apenas na falta de representatividade feminina nas decisões, mas também na ausência de políticas e medidas, que promovam a igualdade de género e combatam o sexismo e a discriminação.

 

Apesar da Lei da Paridade, persistem barreiras civilizacionais que impedem o acesso das mulheres aos lugares mais elevados das lideranças políticas.

 

Vejamos: em 2021, foram eleitas apenas 29 mulheres, num universo de 308 municípios, das quais 19 foram eleitas em representação do PS. Isto é, o País tem menos de 10% de mulheres Presidentes de Câmaras Municipais, um número, seriamente abaixo de qualquer expectativa, em 50 anos de democracia.

 

Por tudo isto, as Mulheres Socialistas decidiram apresentar ao Partido Socialista uma RECOMENDAÇÃO, que contém um conjunto de medidas potenciadoras da participação das mulheres nas próximas Eleições Autárquicas:
 

-  Observar as recomendações, que têm vindo a ser adotadas pelo Partido Socialista, assegurando a alternância de género, nos dois primeiros lugares de todas as listas, devendo as mesmas ser tendencialmente paritárias;
 

- Apresentar 40% de cabeças de lista mulheres nas candidaturas à presidência dos municípios com mais 100 mil eleitores;
 

- Duplicar as candidaturas de cabeças de lista mulheres às presidências das Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia.

 

Para combater eficazmente a segregação das mulheres nos cargos de liderança, é fundamental adotar um conjunto de medidas e estratégias, que promovam a igualdade de género e incentivem a participação ativa das mulheres nas esferas profissional e política.

 

A implementação de quotas de género, a promoção de políticas de conciliação entre a vida profissional e pessoal, a sensibilização para a importância da diversidade de género e a eliminação de práticas discriminatórias são algumas das iniciativas que podem contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária e inclusiva.

 

E esse, sim, é o mote para o dia 8 de março.  

 

A diversidade é um valor fundamental que enriquece e fortalece as organizações e a sociedade como um todo, e é tempo de garantir que as mulheres ocupem a sua posição de direito nos lugares de liderança.

 

O lugar da mulher? Onde ela quiser!

 

 

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